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Encíclica "Pastoris Gregis"

ENCÍCLICA APOSTÓLICA
"PASTORIS GREGIS"
DO SUMO PONTÍFICE
PIO IV
Sobre o ofício episcopal, suas diligências, desafios e normas pastorais.

Proêmio
No decorrer dos tempos, a santa Igreja Católica, costumou renovar suas regras e leis sempre para o beneficio do povo de Deus e o engrandecimento da Fé cristã. Para tanto, sempre reuniu seu colégio apostólico, o colégio descendente dos doze, sempre obedientes ao mandato de seu Divino Fundador, Nosso Senhor, ao incentivar o amor e a unidade, firmados na Confessio Petri, confissão do Beato Apóstolo Pedro: "Tu és o filho de Deus Vivo"; e a confiança da edificação da Igreja á Pedro e seus sucessores com as palavras de nosso divino Pastor: "Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra Ela".
Temos firmemente, o proêmio de que somos as bases da fé e de nossa herança apostólica. Tudo isto firma-se mais claramente no Código de Direito Canônico em seu Cân. 336, firmes no que nos foi comunicado e enviado, o Senhor confiou-nos o Espirito Santo após sua gloriosa ressurreição, impulsionando assim, esta missão.

Maria, primeira dentre os apóstolos.
A missão deste colégio firma-se e espelha-se também na força e imagem daquela que soube ser a  Escrava do Senhor, a Santíssima Virgem, deixando-se fazer em tudo a vontade de Deus, vivenciando a missão e sendo apóstola do seu próprio filho Jesus. Aquela que foi mãe e discípula, quer ensinar á este colégio o amor para com seu filho e á vivência fecunda da unidade.

O magistério apostólico
A Igreja, a partir de sua fundação teve sempre á frente de seu magistério apóstolos e homens servidores e zelosos para com a obra divina. Lembra-nos o dialeto e a cultura popular que em todas as línguas e raças, a igreja é Mater et Magistra, e nós é oferecida como abrigo e morada revigorante. Cristo, seu Divino Esposo nos convoca a zelar e a guardar sua divina esposa. Imperecível aos erros e imaculada por sua essência, a Igreja é constituída por homens, que integrados neste magistério são convocados á refletir e meditar seu zelo doutrinal e pastoral para com a Esposa de Cristo.
Como sucessores dos apóstolos, os bispos são chamados a firmar-se “na expansão da evangelização no atual meio de todo clero, para que possam vir á lançar as redes em novas águas.” (Pio III, Episcopus Conservatoris, 1, 2015)
Infelizmente, não pelo impulso apostólico, mas pela fraqueza humana, deixamo-nos abalar e infelizmente manchamos esta jóia, fazendo-a diminuir seu brilho. Esta fraqueza deve ser combatida firmemente por todos os bispos, nas esferas humanas, pastorais, sexuais, sociais e antropológicas. Para tanto, faz-se necessário voltarmos ás raízes de nossa fé, aos locais de nossa vivência católica e á firmeza do Espirito Santo, que constitui cada bispo.
É necessário curvar-nos em adoração e recordar-nos que "Ilumina-nos o mesmo Cristo que se despojou, assumindo a forma de escravo e fazendo-se obediente até a morte de cruz". O que vos proponho hoje é uma nova essência sem perder as fragrâncias antigas. É para isso que o Concílio Vaticano V “atento aos sinais dos tempos e ás vicissitudes da Igreja peregrina desejou uma reforma profunda nos ritos sagrados que regem e fortalecem a Igreja” (Lucas II, Missale Romanum, 3, 2014). Foi Ele, que iniciou o caminho de renovação espiritual que a Igreja vive atualmente, com a chegada de novos padres que fortalecem a seara do Senhor. Por este motivo, os que nos sucedem no ministério apostólico são convidados a vivenciar melhor sua missão, este é o desejo de nossos corações.

O cuidado do Bispo ao Evangelho e ao pastoreio
Dominados pelo ardor missionário, surgem perguntas que inquietam o coração de qualquer Pastor. Como, na atualidade, cumprir nossa missão de transmitir o amor em todas as suas dimensões? Como aplicar de modo concreto o múnus docendi, sacrifício e régio na cultura e sociedade contemporâneas?
Contemplando o imenso rebanho que devemos ensinar, santificar e guiar rumo à adesão plena em Cristo, e munidos das responsabilidades e graças que competem ao serviço episcopal fica o desafio a ser respondido não apenas com palavras, mas com nossas vidas: o que se espera de um bispo hoje?
No mundo atual, sedento de incontrolável sede e famintos de Deus e de sua Boa Notícia, é necessário saber abrir caminho em meio ao conturbado mundo e tocar com delicadeza os humildes e frágeis corações. É necessário despojar-se do orgulho e revestir-se da humildade, vivenciada na palavra e no auxílio aos menos favorecidos, celebrando junto deles o sacrifício eterno. Levando ao coração de cada um a riqueza, não material, mas espiritual da Igreja em seus ritos, doutrina e tradição.
Jesus nos convida a sermos sinais proféticos do tempo da graça de Deus. Devemos ser sinais do Senhor na sociedade conturbada, seja online em uma tela de computador ou em nossas vidas “off-line”. Com disponibilidade de gestos e atitudes na força dos ritos e da doutrina eclesiástica poderemos "Dar Deus" a tantos corações sedentos.
O Espirito Santo, excelso comunicador na doutrina da fé e na missão evangelizadora, inspira-nos a atirar as redes em novos mares e recorda-nos o patrono dos sacerdotes São João Maria Vianney, em um dos  mais marcantes sinais de sua santa vida; sua nomeação para á pobre paroquia de Ars no ano de 1818, quando numa carroça, transportando alguns pertences e o que mais precisava, seus livros, ele se dirigiu a um menino pastor dizendo: "Me mostras o caminho de Ars e eu te mostrarei o caminho do céu". A exemplo deste pobre padre, devemos ser canais de evangelização, pontes vivas entre Deus e o mundo, e de fatos guias para o céu.

A missão do Bispo no cuidado de seu rebanho
 “O bom pastor da á vida por suas ovelhas”, relembra-nos o divino pastor Jesus Cristo. A missão do pastor é inteiramente esta, manter o rebanho unido e apascenta-lo, cuidando da ovelha ferida e resguardando a desgarrada. É necessário que cada membro deste colégio apostólico tenha amor pela tarefa que lhe foi confiada, mesmo sendo aquele que não o agrade ou até mesmo que exija dele fadigosos trabalhos.
A segunda epístola do apostolo Paulo á Timóteo nos recorda: “Quanto a mim, já fui oferecido em libação". O bispo deve oferecer-se em libação, não só em sacrifício, mas oferecer-se e banhar-se de sangue por amor. Assim diletos irmãos, antes de pensarmos ou até invejarmos algo, devemos lembrar que tudo deve ser feito de amor, pois como nos lembra Santa Teresa de Liseiux: "Minha Vocação é o Amor", esta é a vocação cristã, a vocação para o amor, que deve ser demonstrada em suas atividades e trabalhos, pois somente assim veremos nascer em nossas comunidades frutos que serão uteis para disseminar o amor, sendo fiel anunciante da grande prova de amor, que é e sempre será Cristo, o Senhor. O amor do pastor também deve prevalecer junto á seus irmãos, também pastores, para que assim possam caminhar em harmonia.

O Bispo na comunhão com seus irmãos no episcopado.
O colégio apostólico é uno em fragmentos. O Espirito que constitui o episcopado confia á cada um seu rebanho, seu dicastério e serviço, mantendo-os todos unidos na herança dos apóstolos e na comunhão com o sucessor de Pedro.
Como irmãos e família eclesiástica, as diferenças e dificuldades de convívio devem ser superadas e remediadas com correções fraternas e purgatórias (reflexivas), levando-se em conta o convívio e o temperamento de cada irmão e membro deste corpo apostólico.
O poder apostólico é comunicado e concedido á todos os bispos por meio de sua ordenação, e deve ser usado de modo correto por cada receptor, sendo incorruptível a aliança eclesiástica. Um bispo que afronta o magistério da igreja abala seu próprio múnus episcopal, por este motivo, os bispos devem manter-se unidos no respeito e na dinâmica eclesial para o engrandecimento da fé e da missão ministerial, procurando sempre o diálogo e o bom convívio sem perder a liberdade da opinião.
O convívio episcopal deve demonstrar a força da Igreja e suas bases inabaláveis, firmadas nas sagradas escrituras e em Cristo principio e fim de tudo. Portanto, para que á igreja cresça e caminhe no mundo, devem ser repudiados o ódio, a ganância e  as necessidades intimas. Somente assim haverá um melhor convívio fraterno.   

O cuidado dos bispos e á relação para com os presbíteros
Todo aquele que constitui-se bispo é também sacerdote. Um atua em beneficio do outro em ambas ordens de dignidade. É do meio dos presbitérios que são suscitados os sucessores dos apóstolos através da nomeação do Supremo Pontífice.
O padre de hoje é o reflexo de um bispo no futuro. Por este motivo, os bispos devem por paternal obrigação divina, modelar os padres de seu redil para o engrandecimento da Igreja, firmando-os na lealdade e na obediência, tendo com estes filhos desde o seminário até sua ordenação cuidado e zelo.

A indicação de um Padre ao Sacro Colégio dos Bispos
É antiga e feliz tradição entre os bispos, o apontamento e a indicação á Sé de São Pedro entre os padres de seu redil, aqueles que são considerados aptos ao episcopado, sendo sempre observado o zelo do candidato, sua participação, comportamento e vivência das virtudes católicas. Com esta medida os bispos devem transmitir sua vivência, supremacia e conhecimento de sua grei e de seu rebanho. São os pastores que conhecem suas ovelhas e elas escutam á voz do pastor, como ensina-nos nosso divino salvador: "Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido". (Jo 10-14).

O Cuidado dos Bispos Com Seus Fiéis e Sua Igreja Particular
Os bispos sempre zelaram ao longo dos anos por suas dioceses, como é próprio de seu cargo. A santa Igreja nos novos tempos, envolta pelo Espírito de Deus, vê de bom grado a junção e a familiaridade do bispo com seus leigos e fiéis.
O bispo deve por cuidado pastoral ao visitar as paroquias de sua diocese, procurar conhecer os fiéis presentes e persistir sempre na celebração da santa missa, para que possa com persistência angariar mais fieis á Igreja, transmitindo-os aí o amor de Deus e oferecendo-as á salvação para suas almas.

A Inspiração Santoral Para os Bispos
Ao longo dos séculos, a santa Igreja teve incontáveis santos bispos que com suas vidas testemunharam á fé em Cristo Jesus, sendo por seu ministério ou pelo derramamento de seu sangue. Os bispos da Igreja devem tomar como primordial exemplo a seu ministério santos bispos que lhe sejam exemplos de força para a caminhada episcopal. Para exemplificação, citamos grandes doutores bispos da igreja, cujas obras merecem ser estudadas e conhecidas:

Santo Ambrósio de Milão
Santo Agostinho de Hipona
São Jeronimo (Padroeiro do IV Sínodo dos Bispos)
São João Crisóstomo
São Basílio de Cesáreia
São Gregório Naziazeno
Santo Atanásio de Alexandria
São Boaventura de Bagnoregio
Santo Anselmo de Cantuária
Santo Isidoro de Servilha

E tantos outros que não se fez menção neste documento. A santa Igreja em seu magistério, aconselha veemente que os bispos procurem se aprofundar nos ensinamentos destes santos bispos e sucessores dos apóstolos para o engrandecimento da fé católica.

O Cuidado ao Cumprimento das Responsabilidades Confiadas aos Bispos
Os bispos, fora seus esforços pastorais já obrigados pelo seu múnus próprio, são incumbidos várias vezes pelos órgãos da igreja a cumprirem outras tarefas a serem confiadas. O bispo deve procurar organizar da melhor forma possível seu tempo e dedicar-se de forma solidaria aos trabalhos confiados.
Os bispos devem corresponder com obediência e disponibilidade como é previsto em juramento, ás convocações e ofícios á serem confiados pela santa sé, como a convocação de concilio, sínodo, entre outras. Os bispos também cumprem com relação a outras tarefas obrigadas próprias de cada região, como participarem de reuniões da conferencia episcopal, responderem sempre que solicitados á nunciatura apostólica e á outros dicastérios.

Roma, 1º de março do Ano Vocacional de 2015.

Com a minha pia bênção apostólica,

               + Pie Pp. IV              
Servus Servorum Dei
Episcopi Romaniensis
Romanus Pontifex