Habbo Hotel, XXX octobris MMXX.
A todos os que esta nossa CARTA ABERTA virem, saudação e bênção no Senhor!
Nós, clérigos da Santa Igreja Católica Apostólica Romana do Habbo Hotel, no exercício de nossa missão profética, nos manifestamos pública e oficialmente a respeito das novas atualizações do Habbo Hotel. Como pastores de almas, mas também integrantes desta plataforma online, não podemos nos omitir diante das injustiças praticadas com a aproximação da nova versão de tão afamado jogo.
Nos dirigimos aos senhores gestores do Habbo Hotel na Sulake e demais dirigentes da Azerion Games. Nos indigna que, mesmo após mais de dois anos do anúncio oficial da Adobe sobre a desativação do Flash Player, o desenvolvimento de uma nova tecnologia tenha sido pensado apenas nos últimos meses. Causa-nos ainda mais espanto que a nova plataforma afete também a sistemática do Habbo Hotel e sua economia.
Diante disso, nós, em nossa missão profética, desenvolvida há quase quinze anos, em comunhão com diversos jogadores, nos manifestamos conforme segue:
• A cobrança de valores financeiros para a realização de trocas é totalmente absurda. Tal atitude coloca em risco até mesmo nossa ação caritativa enquanto Igreja. Ações como a famosa Casa de São Nicolau, ação da Igreja Católica para doação de mobis no período de Natal, podem deixar de existir caso tal cobrança se efetue.
• A supervalorização de moedas e o aumento de impostos do câmbio em detrimento de seus reais valores, demonstra exploração sobre os jogadores, deixando ainda maior o abismo entre pobres e ricos e fomentando a cultura do descarte e do ódio, já tão presentes no mundo virtual.
• A exploração dos jogadores em um ambiente que deveria ser de descontração ou, no nosso caso, de missão, coloca o lucro acima do capital. Diante disso, “a pessoa frágil e vulnerável se vê indefesa diante dos interesses do mercado divinizado, que se tornaram regra absoluta” (Papa Francisco, Evangelii gaudium, 56; Laudato si', 56). Em consonância com a Doutrina Social da Igreja, condenamos estas atitudes, que desvinculam a plataforma online de seu fim primeiro.
• Atitudes como esta tem por fim último, graves pecados: a avareza e a ambição. Ambos se configuram como sérias transgressões contra os princípios da interdependência e na quebra de redes de solidariedade entre as criaturas (cf. Catecismo da Igreja Católica, 340-344).
• A criação de mais impostos, como a cobrança para uso de verbas já disponíveis no console de moedas, além de se configurar como prática abusiva, oprime o pobre e, consequentemente, insulta a Deus.
Como Igreja, fomos pioneiros na evangelização do Habbo Hotel na comunidade de Língua Portuguesa. Nos preparamos para, no próximo ano, celebrar os 15 anos de nossa atuação junto aos milhares de jogadores desta plataforma virtual.
A primeira coisa que os gestores do Habbo Hotel na Sulake e demais dirigentes da Azerion Games deveriam se perguntar, hoje, é o que podem fazer para combater esse fenômeno, que coloca em risco a boa convivência entre os jogadores e o próprio desenvolvimento do Habbo Hotel. Em termos concretos, não se pode avançar para novas plataformas tecnológicas explorando aqueles que a sustentam: os jogadores.
Unidos ao povo de Deus, que nos últimos dias têm se manifestado de forma incisiva, apelamos para que, atentos ao clamor do povo, e movidos pelos ideais cristãos que fizeram florescer a nossa nação, os responsáveis pelas alterações anunciadas recentemente repensem suas atitudes e as revertam em favor da comunidade do Habbo Hotel de língua portuguesa. Não permitam que tais iniciativa manchem a bela história de quase uma década e meia do Habbo Hotel lusófono.
Em nossas orações, seguimos rezando pelos senhores e por toda a comunidade do Habbo Hotel, pedindo ao Senhor da messe e pastor do rebanho para que o diálogo e a justiça prevaleçam diante deste cenário aterrador que oprime nossos corações. Ao mesmo tempo, enviamos nossa bênção a todo o orbe católico habbiano, consagrando à Virgem Maria e ao Beato Carlo Acutis esta rede social lusófona.
#SAVEHABBO
In Cor Jesu semper,
Benedictvs, Pp. V
Pontifex Maximus
