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Breve Apostólico - Dedicação da Basílica de São Pedro

HOMILIA DE SUA SANTIDADE, O PAPA

I O A N N E S     P A V L V S     VII

POR OCASIÃO DA ABERTURA DA DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE SÃO PEDRO

EM FORMA DE BREVE APOSTÓLICO


Estimados filhos reunidos nessa nova basílica, que dedicamos ao Senhor. 

Eminentíssimos Cardeais, Excelentíssimos Bispos, Reverendíssimos Padres e Diáconos, religiosos e religiosas, fiéis leigos, todo povo de Deus. Estendo minha saudação à todos, e muito me alegra a presença de todos vocês nessa solene celebração. Minha saudação ainda ao Papa Emérito, João Paulo VI, que mais uma vez atendeu prontamente o meu convite para participar conosco desse momento histórico e importantíssimo para a Santa Igreja. Na reconto da primeira leitura podemos observar a descrição do livro de Neemias sobre o retorno do povo que outrora havia sido exilado na babilônia  pelo rei Nabucodonosor II. Ao serem libertos dessa aflição, e ao sétimo mês como indica a leitura, todos os judeus estavam em suas casas e aldeias. Até que o Sacerdote Esdras se reúne em praça com o povo para anunciar a Lei do Senhor, que havia se cumprido e tornado alívio e esperança para muitos que estavam ali. Durante todo tempo do exílio podemos imaginar que inúmeras vezes as Leis do Senhor, e a confiança em sua misericórdia foram as únicas crenças confortantes para o povo que estava tão sofrido e escravizado. Ao serem libertos do exílio, essas palavras que muito tempo eram conforto para suas dores, se tornam agora a certeza plena de suas alegrias! Queridos irmãos, é preciso da ênfase na libertação do povo que estava no exílio: O povo esteve sob domínio de Nabucodonosor e seus chefes, generais e exércitos por 59 anos, até serem libertos. Filhos queridos, muitas vezes o tempo que se ficou exilado ou submetido aos poderes marginalizadores e opressores de um determinado grupo que acaba se normalizando e tomando como algo comum e correto. Filhos caríssimos, ainda hoje em nosso meio existem aqueles que desejam estar no exílio, aprisionados em seu egoísmo, em suas ideologias, em seu poderio! Mas, nós aqui reunidos nessa basílica, somos o povo liberto do exílio! E por isso nos regozijamos de alegria ao ouvir as palavras do Senhor, que é para nós motivo de alegria, alegria por estamos libertos. E para isso ouvimos nos salmos o conforto e a vida que as palavras do Senhor trazem para nós. Na narrativa da segunda leitura recordamos da importância de todos os membros dessa igreja, e o motivo pelo qual nos constituímos igreja. Muitos são os membros que formam um só corpo, que é a igreja. Todos nós compomos esse corpo místico, e somos essências para seu funcionamento! Como nos diz I Coríntios 12, 26: "De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele." Portanto, eis aqui nosso diferencial enquanto igreja: Estamos unidos em Cristo e por Cristo! E a dor de um, se torna a dor de todos; A alegria de um, se torna a alegria de todos! Por isso nos alegramos nesse templo que hoje dedicamos, que é alegria para mim, para todos!

E por fim, chegamos Evangelho de São João, onde ouvimos a ida de Jesus ao templo, onde havia a presença de inúmeros comerciantes, que por virtude da páscoa se sediavam nas redondezas do tempo para vender e fazer lucro. Jesus, vendo essa situação revolta-se contra os comerciantes e os expulsa de do templo, revira suas barracas, para que não continuem a profanar o templo dedicado ao seu Pai. Queridos filhos, ainda nos surpreender saber que nos dias hodiernos muitos dos que se dizem cristãos também da casa de Deus comércio! E além de comércio, fazem dela um local de corrupção. Roubam, extorquem e corrompem, tudo isso utilizando o nome de Nosso Senhor e de sua Santa Igreja. E muitas vezes, esses questionam a autoridade pelo qual muitos os expulsaram e excomungaram da igreja. Por isso, queridos, eu vos digo: Foram expulsos pela autoridade que nos foi concedida pelo próprio Cristo. Não podemos, e nem devemos admitir que nossas casas de oração sejam usadas como locais de corrupção, de malícia, de sedentia! E Cristo os diz, que se quiserem podem destruir o templo, pois ele será edificado em 3 dias! Não falava do externo, mas do seu corpo! E vimos na segunda leitura que nós somos o Corpo Místico de Cristo! Por isso, não tenhamos medo! Os corruptos e vendedores da fé podem até nos atacar e tentar destruir, mas seremos edificados junto à Cristo! Cristo não desamparará a sua Igreja. E por fim, façamos uma breve reflexão: Se Cristo visitasse todos os nossos templos, e dos nossos irmãos apartados, ainda hoje estaria atacando os comerciantes da fé, e expulsando-os do templo! Mas lembrem-se que esses já foram expulsos por Cristo, através de seu vigário! Portanto, queridos filhos, não se deixem levar mais uma vez aos templos de comércio! Tornemos cada vez mais os nossos templos lugares dignos, de oração e evangelização, distante da venda da fé e das blasfêmias contra o Santo Nome de Jesus e da Santa Igreja.
Louvado seja Nosso Senhor, Jesus Cristo. 

Basílica de São Pedro, Roma.
26 de maio de 2020.