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Carta Encíclica - Mirare Tempore Futurum


CARTA ENCÍCLICA
MIRARE TEMPORE FUTURUM

DO SUMO PONTÍFICE
URBANO III


Sobre o olhar para o futuro da Igreja e seus desafios


TEMPO DE CELEBRAR
1. Comemorar mais um ano de vida da Igreja é celebrar as maravilhas da bondade de Deus operadas no meio do mundo. Mais do que se enamorar pelas festas, é preciso olhar a o passado, agir no presente e planejar o futuro. Por este motivo, decidi escrever esta Carta Pastoral dirigida à todas as pessoas de boa vontade que se rejubilam conosco neste nosso 12º aniversário de atuação pastoral no Habbo Hotel.

2. Fazer memória é típico do cristão. O próprio Jesus nos congregou ao redor da Eucaristia, sacrifício realizado em memória dele (Lc 22, 19). Por este motivo, nunca é demais celebrar com alegria as conquistas ao longo dos anos. Das pequenas às grandes, todas foram realizadas buscando a maior glória de Deus e a salvação das almas. Este impulso nunca pode ser esquecido por nós, pois é o que move a essência da missão eclesial.

TEMPO DE SUPERAR
3. No limiar do tempo presente, diversas são as dificuldades e vicissitudes que os mares do mundo assolam sobre a Barca da Igreja. É doloroso, por exemplo, observar a busca pessoal de privilégios em detrimento a ação evangelizadora da Igreja no mundo. Tal atitude chega a, inclusive, afastar fiéis e possíveis vocações religiosas. Isto porque, desde os tempos de Nosso Senhor, a herança que dele recebemos sempre foi de missionariedade e desapego as coisas que passam (Mt 19, 21).

4. Outra chaga da Igreja é o desinteresse pelas coisas santas, que por anos foram veneradas por nossos antepassados. O desprezo para com a Celebração Eucarística e a veneração dos santos levanta o questionamento dos rumos que queremos tomar, pois se abandonamos aquilo que nos diferencia das demais seitas e religiões, perdemos nossa característica e identidade próprias do católico apostólico romano.

5. De igual forma, o uso da veste talar e o profetismo nas ações pastorais e sociais sempre foi uma importante marca da Igreja que não pode ser desassociada. Causa espanto, entretanto, observar que para muitos, ambas as atitudes, queridas por Nosso Senhor e estimuladas pela Igreja, tenham se tornado sinal de confronto no meio eclesial. Estas divisões fomentam um espírito de cisma interno na Igreja que não condiz com a sua missão de ser Corpo uno do Senhor na Terra.

6. Também causa espanto e pesar observar que tais correntes sejam pensadas como coisas distantes de desconexas, enquanto não o são. O erro está em fazer do carisma e estilo de vida eclesial uma bandeira favorável ou desfavorável a este ou aquele ponto, gerando disputas e brigas internas que não fortalecem a comunhão dos fiéis. Pelo contrário, tais atitudes causam esfacelamento da instituição eclesial, fomentando um espírito de confusão e divisão, obras do Pai da Mentira que é o próprio demônio.

7. Na contramão destas ações, também é de preocupação eclesial o surgimento de novas correntes ideológicas em outras localidades virtuais ou até mesmo em locais de nossa atuação pastoral.  Estas são criadas, muitas vezes, com base na busca de cargos ou de situações mais fáceis para o acúmulo de títulos. Isto contradiz a doutrina evangélica que nos convida a ocuparmos os últimos lugares, não nos preocupando tanto com a honraria recebida, mas com o serviço desempenhado (Mt 20, 20-28).

TEMPO DE PROSPECTAR
8. Tais desafios nos fazem pensar o futuro da Igreja para os próximos tempos. Isto porque vivemos em um período de grande mutação sociocultural nas gerações. Com o crescimento massivo da internet, nota-se que cada vez mais a faixa etária dos ingressos no Seminário é menor, o que também demanda de nós um repensar das práticas de ensino e atração. Se antigamente bastava ficar nos templos para chamar vocações, hoje a missão é desenvolvida em diversas outras localidades, envolvendo públicos diferentes e ambientes que, na grande maioria das vezes, não são simpáticos ao cristianismo.

9. Isto não deve, entretanto, amedrontar ou desanimar o trabalho missionário. Pelo contrário, as dificuldades do tempo presente nos convidam a um aprofundamento na missão da Igreja. Tais desafios devem ser trabalhados nas Igrejas Particulares e desenvolvidos com o acompanhamento dos responsáveis por estes dicastérios. Desta forma, o êxito pastoral será bem maior e o trabalho com as novas vocações será mais assertivo.

10. Para estes novos tempos, o melhor caminho é o diálogo para a superação das diferenças. É preciso fortalecer as relações diplomáticas da Santa Sé com outros territórios, trabalho que iniciei junto a Secretaria de Estado já em vistas das comemorações de nosso aniversário. Com a inserção de novas igrejas e capelanias nos reinos e países, obtêm-se uma nova comunidade adaptada aos costumes locais e que gera mais frutos para a Igreja, tanto institucionalmente quanto pastoralmente falando.

11. O fortalecimento das Igrejas Particulares também se faz necessário neste momento. Isto porque o Colégio Episcopal foi inflado desnecessariamente, formando assim um grande número de mitrados e poucos sacerdotes que cuidem da vida espiritual dos fiéis. Há pouco conseguimos estabilizar o número de sacerdotes, o que demandou de nós um freio nas nomeações episcopais, ainda que contra a nossa vontade. Portanto, para que situações assim não mais aconteçam é necessário mensurar bem os eleitos ao episcopado, escolhendo-os por sua idoneidade e serviços prestados e não por ofertas de valores ou prestígio que em nada acrescentam no bem eclesial, mas pelo contrário, danificam a dignidade do ministério episcopal, além de configurar-se como um grave crime, passível, inclusive, de excomunhão automática.

12. Para evitar situações como esta, é preciso retornar as fontes e redescobrir o sensus fidei e o “primeiro amor” da vocação sacerdotal. Neste sentido, um grande símbolo do início é a própria Basílica de São Lucas que, embora sem muita ambientação, sustentou a Igreja em seus primeiros anos e foi ponto de convergência para os clérigos até a ereção da primeira Basílica de São Pedro, acontecida apenas em 2011.

13. O próprio Senhor já nos recorda que “"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro" (Mt 6, 24). Por isso, é doloroso notar a troca de favores por valores. Neste sentido, é sempre importante recordar que isso configura-se como crime de simonia, sendo passível de excomunhão, conforme denota o Código de Direito Canônico. Não deve haver a menor tolerância em casos como este, que mancham a Igreja e a mancham com descrédito diante do povo de Deus e dos próprios clérigos.

14. Ainda que a lógica do mundo caminhe sempre para relações de lucro, “entre vós não pode ser assim” (Mt 20,26). É preciso dedicar-se na prática do bem e da caridade, de modo que o clero e os leigos sejam, no meio do mundo, “sal e luz” (Mt 5, 13-14), levando a Palavra do Santo Evangelho por meio de nosso testemunho de vida e caridade. Creio que este seja o maior desafio da Santa Igreja neste tempo, onde a ganância corrompe até mesmo aqueles que deveriam ser todos de Deus.

TEMPO DE CONFIAR
15. Diante disso, é preciso nunca perder a esperança em Deus e confiar na intercessão da Mãe Santíssima. Ambos sempre guiaram o Corpo Místico de Cristo mesmo diante das dificuldades que assolaram e ainda assolam a congregação dos fiéis. Por este motivo, devemos seguir alegres na missão confiada a nós pelo Senhor e por nós herdada de nossos antecessores. Caminhemos de esperança em esperança olhando para frente, pois ainda há muito o que fazer!


Datum Romae, die 30 Iulii maio, A.D. 2018. Primus sub coronam Urbaniensis. In XII comemorationem Eclessiae natalis.

+ Urbanus Pp. III
Pontifex Maximus