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Constituição Apostólica Tempus Aedificandi

CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA
TEMPUS AEDIFICANDI
DO SUMO PONTÍFICE 
JOÃO PAULO VII
PARA A CONVOCAÇÃO 
DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM

1. Cristo, Nosso Senhor, antes de adentrar à sua eterna glória, dá aos discípulos a missão de evangelizar aos povos de forma que se atinja a totalidade da humanidade; os quatro cantos da terra. Tal missão é confirmada no coração dos apóstolos após receberem a promessa reanimadora do Cristo, de que “estará conosco até o fim dos séculos” (Mt 28,20). 

2. A promessa de Cristo, confortadora e animadora, é confirmada em nossos corações e na Santa Igreja, de forma viva e operante. Sobretudo, nos momentos onde a Igreja enfrenta águas turbulentas, Cristo manifesta-se, através de Sua glória, para que a Santa Igreja prevaleça firme e triunfe ao final de todas as batalhas. Esse constante triunfo se dá como confirmação da instituição da Santa Igreja, pois a partir dela, Cristo ainda nos promete que “as portas do inferno não prevalecerão contra Ela (A Santa Igreja)” (Mt 16,18).

Averiguações dolorosas

3. A Igreja assistiu, nos últimos tempos, a uma crise oriunda de cisão promovida pela individualidade e egocentrismos daqueles que, por muitas vezes, se colocam como portadores da verdade, proprietários da igreja. Tal sentimento — de posse — faz com que a igreja distancie-se de sua natureza eclesial, de sua vivência comunitária e fraternal, inspirada nas primeiras comunidades cristãs, que tinham Cristo como seu centro e a fraternidade como modo de testemunhar sua fé; “Estavam unidos e tinham tudo em comum.” (At 22,44).

4. Por diversas vezes, ao olhar a nova era que a Igreja ingressa, é comum que haja em nosso meio, dúvidas que por inúmeras vezes, não conseguem ser suprimidas pelo conhecimento fornecido aos padres apostólicos. Este “déficit” é fruto dos inúmeros momentos em que os esclarecimentos foram negligenciados e os conhecimentos anteriores foram desconsiderados.

A prática do descarte descontrolado de documentos, sejam eles pessoais ou conciliares, gera na Santa Igreja a desvalorização de seu acervo histórico, de suas recomendações que foram anteriormente dispostas pelos pontífices que me antecederam.

Motivos de confiança

5. Estas dolorosas averiguações conclamam ao dever da vigilância e despertam o senso da responsabilidade. Almas sem confiança veem apenas as dificuldades que a Igreja enfrenta, os seus erros humanos, enquanto Igreja militante, e acabam sobrependo a sua glória, enquanto Igreja celeste. Nós, porém, preferimos rearmar toda a nossa confiança em nosso Salvador, que não se afastou do mundo, por ele remido.

Destarte, apropriando-nos da recomendação de Jesus, de saber distinguir “os sinais do tempo” (Mt 16,3), pareceu-nos vislumbrar, no meio das trevas que surgiram anteriormente, e poucas que ainda restam, tão poucos indícios que dão sólida esperança de tempos melhores para a Igreja Habbiana.

O conhecimento, a dedicação, a justiça e busca constate pela fraternidade e a verdadeira vivência do carisma e da espiritualidade da Igreja habbiana, enquanto fiel transmissora do Evangelho de Cristo, detemo-nos da esperança de que os próximos passos do apostolado sejam incontavelmente produtivos e firmes. A vitória de Cristo sobre os que se apossaram e desvirtuaram sua Igreja, traz ainda mais a confiança nas promessas que ainda hão de se realizar, crendo na perspectiva de que “há um tempo para cada coisa debaixo do céu” (Ec 3,1). 

Dessarte, como Maria, exemplo de confiança, nos unimos ao seu perfeito louvor: “Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta em Deus, meu Salvador, (…) Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes, saciou de bens os famintos e os ricos despediu de mãos vazias.” (Lc 1,46-55).

Hodierna vitalidade da Igreja

6. Se voltarmos a atenção para a Igreja, vemos que ela não permaneceu inerte espectadora em face destes acontecimentos, mas seguiu, passo a passo, a evolução dos povos, o progresso científico, as revoluções sociais; opôs-se, decididamente, às ideologias materialistas e negadoras da fé; viu, enfim, brotarem de seu seio e desprenderem-se imensas energias de apostolado, de oração, de ação em todos os campos, por parte, primeiramente, do clero sempre mais à altura de sua missão pela doutrina e virtude e, depois, por parte do laicato, que se tornou sempre mais consciente de suas responsabilidades no seio da Igreja e, de modo particular, de seu dever de colaborar com a hierarquia eclesiástica.

O concílio de Jerusalém

7. Diante deste cenário da Igreja hodierna, de maus pastores que outrora desprezaram e desnortearam a missão evangelizadora e a Igreja de Cristo, tão vibrante de vitalidade, nós, desde quando subimos ao supremo pontificado, não obstante, nossa indignidade e por um desígnio da Providência, sentimos logo o urgente dever de conclamar os nossos filhos para dar à Igreja a possibilidade de contribuir mais eficazmente na solução dos problemas causados nos tempos anteriores. Por este motivo, acolhendo como orientação divina, vinda da alta e íntima voz de nosso espírito, crê-se na maturidade do tempo para oferecermos à igreja, aos padres apostólicos e a todo o povo de Deus o dom de um concílio ecumênico. Este virá em acréscimo, complemento, reparação e continuação a série dos oito grandes concílios realizados ao longo dos catorze anos da Santa Igreja Habbiana.

8. O próximo concílio reúne-se, felizmente, no momento em que a Igreja percebe, de modo mais vivo, o desejo de fortificar a sua fé e de se espelhar na própria e maravilhosa unidade; como, também, percebe melhor o dever urgente de dar maior eficiência à sua missão evangelizadora, e de promover a santificação de seus membros, a difusão da verdade revelada, a consolidação de suas estruturas. Será esta uma demonstração da Igreja, sempre viva e sempre jovem, que sente o ritmo do tempo e que, em cada século, se orna de um novo esplendor, irradia novas luzes, realiza novas conquistas, permanecendo, contudo, sempre idêntica a si mesma, fiel à imagem divina impressa em sua face pelo esposo que a ama e protege, Jesus Cristo.

9. No instante, pois, de generosos e crescentes esforços que de várias partes são feitos com o fim de reconstituir aquela unidade visível de todos os cristãos e que corresponda aos desejos do divino Redentor, é muito natural que o próximo concílio ilustre mais abundantemente aqueles capítulos de doutrina, mostre aqueles exemplos de caridade fraterna que tornarão ainda mais vivo nos irmãos separados o desejo de auspicioso retorno à unidade e lhes prepararão o caminho para consegui-la.

Convocação do concílio

10. Portanto, depois de ouvir o parecer do sagrado colégio dos cardeais, príncipes da Santa Igreja, após profunda e reflexiva oração, ouvindo a voz suave e imponente do Senhor, gozando da autoridade a mim constituída através da misericórdia de Nosso Senhor, rogando a intercessão de São Pedro e São Paulo, no uso de minha autoridade como Vigário de Cristo e Pontífice Máximo da Santa Igreja Católica, DECRETO, ANÚNCIO e CONVOCO o Sagrado Concílio, que se celebrará nas basílicas de Jerusalém — aproximando-nos dos Mistérios da Vida de Cristo —, nos dias que serão fixados segundo a oportunidade que Nosso Senhor, em sua Divina Providência, prover.

11. Destarte, CONVOCAMOS e ORDENAMOS, que a este concílio ecumênico por nós indicado, venham de toda parte os nossos diletos filhos cardeais, os veneráveis irmãos patriarcas, primazes, arcebispos e bispos tanto residenciais como apenas titulares e ademais, todos os que têm direito e dever de exercer solenemente seu múnus episcopal através da reunião apostólica.

Convite à oração

12. Por conseguinte, pedimos e recomendamos a cada um dos fiéis, dos sacerdotes e de todo povo de Deus, as contínuas orações pelos padres conciliares, por mim, indigno servo e pastor do rebanho de Cristo, pela Santa Madre Igreja e por este concílio que há de vir. Esta oração seja inspirada nos louvores da Virgem Maria, sempre obediente e fiel, exemplar de ardor e fidelidade aos desígnios do Senhor; seja acompanhada também por penitências que tornem nossas orações cada vez mais agradáveis ao Senhor; seja incentivada pelos ministros ordenados e recordada em nossas intenções celebrativas e orações pessoais.

13. Estendemos o convite ao clero, seja regular ou secular, para que se voltem ao espírito fraterno de oração e comunhão com a Santa Igreja e seus pastores, designados por intermédio de Nosso Senhor Jesus Cristo, e que hão de reunir-se para exercer seu supremo ofício apostólico.

14. A estas orações, convidamos ainda aos irmãos separados de Roma, para que possam conclamar ao Deus criador, o bom êxito desse presente concílio que trará frutos para a unidade cristã. Sabemos que muitos destes filhos estão ansiosos por um retorno à unidade e à paz, segundo o ensinamento e a prece de Cristo ao Pai. Esperamos que o anúncio deste concílio seja acolhido com êxito por estes irmãos e que se torne um visível chamado para a fraterna comunhão.

15. Deste modo, reunido o Colégio Apostólico, recordemo-nos mais uma vez dos apóstolos reunidos em Jerusalém, após a ressurreição de Cristo, tomados pela conduta de Pedro, unidos em suas intenções, preces e direcionamentos. Possa o Espírito Santo recolher as nossas orações que todos os dias serão elevadas em intenção deste concílio, para que se digne de, mais uma vez, descer ao encontro dos sucessores dos apóstolos e torne-os cheios de seus dons e repletos de sua docilidade.

16. Por fim, em perfeita comunhão, rezemos diariamente ao Espírito Criador, para que visite suas almas e torne-as repletas de vossos dons:

Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai e enchei os coração com vossos dons celestiais. Vós sois chamado o Intercessão de Deus excelso dom sem par, a fonte viva, o fogo, o amor a unção divina e salutar. Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai, por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai. A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor, nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor. Nosso inimigo repeli, e concedei-nos vossa paz, se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer, que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer. Amém.

Dada em Roma, junto a São Pedro, aos 21 dias do mês de agosto, memória de São Pio X, de 2020, primeiro do nosso Pontificado.

Ioannes Paulus, Pp. VII
Pontifex Maximus