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Carta encíclica - Lux Mundi


CARTA ENCÍCLICA
LUX MUNDI

DO SUMO PONTÍFICE 
GREGÓRIO III

Sobre o exercício missionário dos leigos.


Na I Assembleia Pre-Sinodal, a qual os bispos se preparam para o IX Sínodo dos Bispos, vimos que o Santo Povo fiel de Deus necessita de um lugar mais abrangente na Igreja Habbiana, o qual mostrarei através desta Carta Apostólica endereçada a vocês, leigos e leigas, protagonistas na evangelização e seguidores do exemplo da Bem-Aventurada Virgem Maria, a Serva fiel e anunciadora.

Gostaria de mencionar o quanto foi partilhado naquele encontro e aqui prosseguir uma reflexão vivida, reflexão esta que se baseará naquilo que a mim foi apresentado pelos leigos durante estes dois meses em que estive à frente da Barca de Pedro, a Igreja do Senhor. Relembro-vos que esta Carta não é para tornar uma redundância daquilo que foi apresentado pela Congregação para os Bispos na resolução da I Assembleia Pre-Sinodal, e sim, elevar a um patamar maior aquilo que lá foi discutido para que não caia no vazio, e que isso nos ajude a continuar sempre olhando para os leigos e leigas que diariamente participam dos rituais católicos, seja no Habbo ou no Habblive.

É precisamente desta imagem que gostaria de começar a nossa reflexão sobre a vida laical, sobre o lugar do leigo em nosso contexto habbiano. Evocar o Santo povo fiel de Deus é evocar o horizonte para o qual somos convidados a olhar, onde Deus se apresenta como nosso amigo, mesmo sendo aquele que nos salvou, não faz isso de maneira inalcançável, mas deixa que o povo participe de todo o seu sofrimento para também gozar das alegrias celestes.

Aos bispos, é para o Santo Povo de Deus que Ele vos constituiu pastores, sejam vós mesmos convidados a olhar, proteger, acompanhar, apoiar e servir-los. Queridos, um pai não se compreende a si mesmo sem os seus filhos. Vocês podem ser ótimos trabalhadores, ótimos seguidores da liturgia, magníficos formadores, mas o que o torna pai tem um rosto: são seus filhos, e isto acontece conosco que somos pastores, um pastor não se compreende sem um rebanho, que para este é sempre chamado a servir. Por isso, caros epíscopos, não se distanciem do Santo Povo fiel, ao contrário, unam-se em louvor e glorificação do Senhor.

Aos presbíteros e diáconos, olhar para o Povo de Deus e sentirmos-nos parte integrante dele posiciona-nos na vida, vida esta que só temos se estamos unidos a Cristo. Por isso, vós, juntamente com os bispos e cardeais, estejam sempre perto dos leigos, e dê a eles o devido lugar, seja nos rituais litúrgicos seja nas ações pastorais, não deixem queridos, que este Povo fiel seja esquecido, este é o meu pedido a vós.

Aos leigos e leigas, hoje olho para vocês e relembro do meu ingresso na Igreja. Após o sacramento da Confirmação (Crisma), me vi como vocês, perdido e sem lugar na Igreja, mas eu confiei nos pastores que o Senhor me direcionou, e assim me tornei um enamorado por Cristo Crucificado, e convido a vocês agarrarem continuamente o Senhor que morreu por nós na Cruz, a maior de todas as humilhações, e assim no sofrimento anunciar a confiança e a perseverança no Senhor, Este mesmo que ressuscitou no terceiro dia e que nos acompanha sempre.

Devo acrescentar a estes direcionamentos uma opinião, não podemos refletir sobre o tema do laical ignorando uma das maiores deformações que a Igreja no habbo vive, o clericalismo. Vemos diversas vezes sacerdotes sozinhos no presbitério, onde eles mesmos fazem as leituras, organizam as alfais, acendem as velas, e até mesmo, organizam o Missal Romano. Aqui está o ponto central desta carta apostólica; o leigo deve, junto do sacerdote, oferecer a Deus a oferenda de louvor e agradecimento, por meio da Santa Missa. O Concílio Vaticano II nos inspira que o leigo e o padre participam de um único sacerdócio, o sacerdócio régio. Queridos prelados, inspirem os padres à darem lugar aos leigos nas celebrações liturgias, confiem nos leigos, eles são os amadíssimos de Nosso Senhor, assim como todos nós. Criemos pastorais populares, onde o leigo pode se expressar e ajudar na evangelização, quem melhor para dizer dos atritos da vida que os viventes?

Citei esse exemplo de pastorais populares pois, muitos reclamam que alguns sacerdotes tem missas cheias e outros nem mesmo um leigo têm. Tenho certeza que a paróquia que tem missas cheias é aquela que tem pastorais ativas e produtivas, são paróquias onde o sacerdote confia no povo, são paróquias onde o sacerdote vive com o povo e para o povo. Então tomemos como exemplo estes sacerdotes que vivem com o povo, tendo cheiro de suas ovelhas, e para o povo, pois para isso foram constituídos ministros do Senhor.

Durante este pontificado fiz duas viagens apostólicas e pude constar juntamente com minha comitiva, que atualmente os leigos estão tomando seu lugar na Igreja, e quero que isso se perpetue, e por isso encerro esta carta outorgando-a e direcionando-a principalmente aos leigos, como disse diversas vezes “Povo fiel de Deus”.

Peço sempre a Virgem Maria que não nos deixe de apoiar, como fez com a primeira comunidade.A Senhora de Pentecostes nos ensine a nos abrir às ações do Espírito Santo que vem em nosso socorro e nos santifica continuamente. Que a Virgem Maria interceda por nós e nos proteja e acompanhe para sempre.

Dado em Roma, junto à São Pedro, no dia 07 de maio do Ano Missionário de 2018, primeiro de nosso pontificado.

+ Gregório Pp. III
ServumServorum Dei