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Carta Encíclica - Pastores Populum



CARTA ENCÍCLICA
PASTORES POPULUM

DO SUMO PONTÍFICE
URBANO III


Sobre o ministério episcopal e seus desafios no mundo de hoje


A SUCESSÃO APOSTÓLICA
Antes de partir para o céu, Nosso Senhor Jesus Cristo quis fundar a Igreja sob o alicerce de São Pedro (Mt 16,18) e em comunhão com o Colégio dos Apóstolos. A estes, foi-lhes conferido o poder de administrar os sacramentos (Jo 20,19-23) e reger, unido à Sé de Roma, o rebanho disperso por toda a Terra.

Esta autoridade, Somente pode arrogar aquele que a tem por direito próprio (Deus) ou aquele a quem lhe foi conferida (delegada) (Lc 9,1). Tal autoridade emana daquele que representa o próprio Cristo na Terra, o Sumo Pontífice reinante. Este, guiado pelo Espírito Santo, elege homens idôneos para que guardem o povo de Deus na fidelidade a doutrina e a herança professada desde os primeiros Apóstolos.

Por meio da imposição de mãos e dos ritos consacratórios (2Tm 1,7-9), aquele que foi eleito recebe a plenitude no Sacramento da Ordem. Tal herança descende diretamente de Cristo, sendo, por muitas vezes, descrita na Palavra de Deus. A primeira evidência da sucessão apostólica, por exemplo, encontra-se já na Igreja nascente, quando, com sua autoridade papal, São Pedro declara a vacância do posto (ministério) de Judas Iscariotes e aponta a necessidade de que alguém a ocupe:

“Naqueles dias, Pedro se pôs de pé em meio aos irmãos – o número de pessoas reunidas era de cerca de cento e vinte – e lhes disse: ‘Irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura em que o Espírito Santo, pela boca de Davi, havia falado acerca de Judas, que guiou aqueles que prenderam Jesus. Porque ele era um de nós e obteve um posto neste ministério, convém, pois, que dentre os homens que andaram conosco todo o tempo em que Jesus viveu entre nós, a partir do batismo de João até o dia em que nos foi levado, um deles seja constituído testemunha conosco de sua ressurreição. Apresentaram dois: José, chamado Barsabás, de sobrenome Justo, e Matias. Então oraram assim: ‘Tu, Senhor, que conheces os corações de todos, mostra-nos qual destes dois elegeste para ocupar no ministério do apostolado o posto do qual Judas desertou para ir para onde lhe correspondia’. Lançaram sortes e a sorte caiu sobre Matias, que foi agregado ao número dos doze Apóstolos” (Atos 1,16-17.21-26).

Neste texto, está claríssima a consciência que tinham os Apóstolos de que o ministério do apostolado não permanecia vacante (posteriormente este ministério será desempenhado pelos bispos). Os Apóstolos também estavam conscientes da obrigação que tinham de que seus sucessores poderiam exercer seu ministério de forma plena, organizando igrejas e colocando à frente homens capazes, como novamente nos narram os Atos dos Apóstolos (At 14,23).



SOBRE A IDONEIDADE DO EPÍSCOPO
Também no período apostólico, já observamos por diversas vezes a preocupação da Igreja na escolha dos epíscopos. Por diversas vezes, São Paulo deixa grande quantidade de recomendações sobre o governo da Igreja (1Tm 3,1-10). Em suas epístolas, é notória sua preocupação de que os candidatos a este ministério fossem irreprováveis, pois estariam no meio do mundo e, nele, deveriam ser a imagem do próprio Cristo.

Infelizmente, ao longo de nossa história, momentos vexatórios fizeram com que esta recomendação do Apóstolo dos Gentios fosse solenemente deixada de lado. Viu-se, infelizmente, que por vezes a compra do episcopado tornou-se prática recorrente, sobretudo em pontificados anteriores. Nestes momentos, o próprio Príncipe do Inferno estava se projetando sobre a Igreja, afim de nela adentrar e instaurar seu reino do caos. Entretanto, a promessa do Senhor de que as portas do mal não prevalecerão (Mt 16,18) é mais forte e até hoje nos sustenta. Estes casos são chamados a cooperar ainda mais firmemente com a Santa igreja de modo a fazer valer a bula que receberam ainda que de modo escuso.

Para cooperarmos com ela, somos convocados a em tudo seguirmos Cristo, abraçando a cruz de nossos trabalhos e seguindo o Senhor no caminho do Calvário (Mt 16,24). Isto acontece quando realizamos nosso trabalho diário junto ao povo a nós confiado e aos presbíteros pelos quais somos responsáveis.

No testemunho diário realizado nas Igrejas Particulares, a santificação do povo passa pela santificação de seus pastores. O exemplo dado pelos bispos guia o rebanho a eles confiado e faz prosperar o trabalho na circuncisão eclesiástica. Pois, desta forma, todos se unem em um só coração, constituindo assim o corpo visível da Igreja, cujos membros são o povo e seus pastores, encabeçados pelo Cristo Jesus, aquele que nos guia.

Da mesma forma, conversas escandalosas e atitudes que não condizem com a moral da Igreja são severamente reprovadas, podendo gerar até mesmo punições pela falta de decoro. O próprio Jesus já alertava aos seus que “melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos” (Lc. 17, 2). Tal admoestação de Nosso Senhor deve ser levada a sério por todos os clérigos, sobretudo os que dirigem o Povo e Deus e têm a missão de pastoreá-los no caminho divino.


A FIDELIDADE
O bispo deve ser o primeiro a ser estritamente fiel à Santa Igreja e seu magistério. É dever daqueles que possuem o máximo grau da Ordem, que inspirem em seus sacerdotes e o povo à ele confiado a submissão ao Santo Padre e a confiança em seu governo pastoral. De igual forma, ele deve ser fiel cumpridor das normas dispostas pela Santa Igreja, dando aos demais o exemplo de sua vida e proclamando-a com a sua pregação.

É inadmissível que, utilizando-se da autonomia de moderação da vida (arqui) diocesana, se tomem posições contrárias às estabelecidas pela Igreja e pelo Pontífice. Além de ato de desobediência grave, em alguns casos isso pode ser encerado como tentativa de cisma ou insubordinação, sendo passível de penas cabíveis. Como aquele que serve, o bispo deve recordar as promessas de fidelidade à Mãe Igreja e ao Santo Padre, realizadas por ele no dia de sua ordenação.

Tal fidelidade manifesta-se de diversas formas. Tanto no cumprimento do dever a eles delegado, quanto no zelo pela pregação da Palavra e pela celebração dos Sacramentos. Estas, por sua vez, não podem ser encaradas apenas como mera rotina de trabalho, mas sim como sentido e renovação do compromisso com Jesus assumido no dia da ordenação.


O PASTOREIO
Como anteriormente já vimos, a principal função do bispo é a de pastorear as ovelhas a ele confiadas. Tal atividade deve ocorrer em vida comunitária, onde o clero e o povo possam crescer unidos em espiritualidade. Desta forma, com a proximidade entre as diversas esferas, o bispo pode sentir as necessidades do povo e ser no meio deles testemunha do Cristo Bom Pastor.

É louvável que os bispos conheçam os leigos mais ativos da Igreja pelo próprio nome. Além disso, é ainda mais recomendável que os ministérios do acolitato e do leitorado seja conferido pelo ordinário (arqui) diocesano aos leigos que possuem uma caminhada de fé e manifestarem o desejo de acolher estes ministérios. Não seja feito, entretanto, qualquer tipo de clericalização do leigo.

Para exercer esta proximidade no território diocesano, cuide o Ordinário local de realizar com frequência, Visitas Canônicas às paróquias de sua circuncisão eclesiástica. Nelas, cuide o pároco local de que o bispo possa conhecer a realidade pastoral da paróquia, com suas dificuldades e alegrias. O bispo, por sua vez, seja solícito com o povo e apresente-se paternalmente aos fiéis, sempre disposto a ouvi-los e ser prestativo no atendimento de suas necessidades.

Estimule-se a criação de momentos de oração e recreação entre o clero da Igreja Particular, fortalecendo os laços de unidade entre o bispo e seu clero. Cuide-se, entretanto, que estes não firam a moral católica nem comprometam a administração dos sacramentos aos fiéis.

Como forma de ligação do Santo Padre com as Igrejas locais, recupere-se o hábito da realização mensal das visitas ad limina, conforme está estabelecido no cânon 15 do Código de Direito Canônico. Neste momento, devem ser apresentadas ao Sumo Pontífice a situação pastoral e administrativa, compartilhando assim, com o chefe supremo da Igreja, as realidades espalhadas pelo orbe.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluir esta Encíclica, desejo que esta seja acolhida pelo episcopado de todo o orbe católico, sendo posta em prática com a observância pastoral necessária. Faço votos de que esta seja uma marca permanente de nosso 12º aniversário de atuação eclesial e gere frutos de renovação na vida pastoral das (arqui) dioceses da Santa Igreja.

A exemplo de Cristo, Bom Pastor, sejam os (arce) bispos sinal da comunhão do Santo Padre com as Igrejas Particulares. Desta forma, fortaleceremos a unidade desejada por Jesus a sua Igreja que descende dos tempos apostólicos aos nossos dias.


Datum Romae, die 05 Iulii maio, A.D. 2018. Primus sub coronam Urbaniensis.


+ Urbanus Pp. III
Pontifex Maximus