SACRUM CONCILIUM HIERSOLYMUM
CONSTITUIÇÃO CONCILIAR
ÆTERNUM PATRIS
SOBRE A NATUREZA DO COLÉGIO APOSTÓLICO
IOANNES PAVLVS EPISCOPVS
SERVUS SERVORUM DEI
UNA CUM SACROSANCTI CONCILII
AD PERPETUAM REI MEMORIAM
AD PERPETUAM REI MEMORIAM
PROÊMIO
1. O Eterno Pai após enviar seu Filho unigênito para nos salvar e nos livrar da escravidão e mazelas do pecado, quis que Cristo Jesus amasse os seus e os unisse em um só rebanho. Para apascentar este grande rebanho e cada dia mais aumentá-lo, instituiu na Sua Igreja vários ministérios que se destinam ao bem de todo o povo de Deus [1]. Os ministros ao qual são revestidos por este poder sagrado, devem promover o bem e a justiça e sempre estar a serviço dos irmãos para que todos, guiados por seu pastor, cheguem à salvação eterna.
2. ''Jesus Cristo, pastor eterno, edificou a Igreja com o envio dos Apóstolos (Lc 10,1-11) como Ele fora enviado pelo Pai (Jo 20,21) [2]''. A missão do Apóstolo, aquele que é chamado e enviado pelo Mestre para difundir o reinado de Cristo sobre à terra é, também, anunciar o evangelho de Nosso Senhor, isto é, sua boa-nova, através da sua completa comunhão com a Igreja. Desta forma, o pastor também deve estar em união ao príncipe dos Apóstolos, aquele que determinado por Deus, escolhido dentre os doze, que congrega na unidade todo o colégio espalhado pelo mundo.
3. Logo, Pedro, presidindo a comunidade, é nela sinal de unidade, reunindo os irmãos numa mesma fé, a fé que ele recebeu de Nosso Senhor, que é o fundamento da Igreja [3]. Assim, a Mãe Igreja é edificada na profissão de fé feita por Pedro, em que o próprio Senhor confia-o a Igreja, bem como a seus legítimos sucessores dizendo: "Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra Ela" (Mt 16, 18) [4]. Através do Beato Pedro, o divino Mestre quis que o Episcopado continuasse único e unido, para que não fosse causa de confusão entre os pequeninos, mas como agente de santificação e guia aos céus.
+ Jorge Snaif Card. Médici, Presidente da Comissão Conciliar para a Natureza Eclesial da Igreja;
+ Raul Gabriel Card. Steiner, Auxiliar da Comissão Conciliar;
CAPÍTULO I
Os doze escolhidos
4. Nosso supremo Redentor, ao iniciar a Sua vida pública, quis, por vontade do Seu Divino Coração, constituir alguns seguidores que pudessem ser os primeiros a receber a boa notícia do reino e aprender com Ele a Sua lei, isto é, Sua Palavra de vida e salvação. ''Após ter orado ao Pai, chamando a Si os que Ele quis, elegeu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar o Reino de Deus (cfr. Mc 3, 13-19; Mt 10,1-42); e a estes Apóstolos (Lc 6,13) constituiu-os em colégio ou grupo estável e deu-lhes como chefe a Pedro, escolhido de entre eles (Jo 21,15-17) [5]''. O Divino Mestre após ter constituído seus colaboradores, enviou àqueles que já faziam parte da Sua Vinha, mas que ainda não reconheciam a redenção que emanava d'Ele (Rm 1,16). Assim, os apóstolos foram preparando os pastores das comunidades, seus sucessores [6], para que suas tradições e obras não morressem, nem mesmo os ensinamentos de Cristo, mas que tivessem prosseguimento (2Ts 2,15) sob a luz da Verdade (1Tm 6, 20).
5. A mensagem deixada pelos apóstolos foi sendo transmitida pelo mundo e pela ação do Espírito Santo, que adentrou no coração do fundador deste apostolado, o Papa Gregório XVII que, cheio de desejo de aflorar vocações por meio do Habbo Hotel, bem como o espírito desejoso que esta mensagem de salvação não se restringisse ao âmbito virtual, mas que pudesse tocar à realidade de muitos jovens presentes neste espaço e que ainda não tiveram contato com o Cristo, junto de homens com o espírito resignado no Senhor, deu início esta obra de missão. Desse modo, não devemos nos estagnar no pensamento que o Santo Espírito não age por nós na edificação na Igreja habbiana, pois Ele age. Todavia, quem garante que estamos repletos do Santo Paráclito? A prova é simples: "[...] ninguém pode dizer: "Jesus é o Senhor", senão sob a ação do Espírito Santo" (1Cor. 12, 3) [7].
6. Após pentecostes, onde se deu o início à Santa Igreja Católica Apostólica Romana, os apóstolos saíram pelo mundo levando a boa-nova do reino. Esta boa-nova foi designada a pregação de todos nós que fazemos parte desta Igreja como membros participantes da unidade do santo batismo (Ef 4,5). "Sois uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis as virtudes daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa'' (1Pd 2,9), de tal maneira, nós, enquanto fiéis leigos na realidade, exercendo nosso sacerdócio régio no âmbito virtual, devemos anunciar a boa-nova, o evangelho de Cristo, assim como fizeram os apóstolos. Dessarte, tanto no mundo virtual, tanto na realidade, nos submetidos ao ''bem-aventurado Pedro [...], e a Jesus Cristo a suma pedra angular (Ap 21,14; Mt 16,18; Ef 2,20) [8]''.
CAPÍTULO II
A sucessão apostólica e o início da Igreja
7. A árdua tarefa deixada por Cristo Jesus a seus Apóstolos durará até o fim dos tempos (Mt 28,20), uma vez que o Evangelho deverá ser anunciado em todo o tempo e todo lugar, como princípio de toda a vida da Igreja [9]. Nessa ótica, sabemos que ninguém é eterno sobre a terra, ao não ser Deus, dessa forma, o próprio Senhor pensou na perpetuidade de Seus servidores, os apóstolos. Sendo assim, o que garante a unidade da Igreja e sua continuidade até os fins dos tempos é a sucessão apostólica, que provém dos primeiros eleitos por Nosso Senhor Jesus Cristo [10]. Por conseguinte, sem a sucessão apostólica não existiria a Mãe Igreja, pois não existiriam ministros para transmitir os sacramentos de vida e salvação, nem mesmo os ensinamentos de luz e verdade. Nesse ínterim, os apóstolos, como encarregados de prosseguir com a missão de Cristo sobre a terra, continuaram sua sucessão com o intuito de perpetuar o que está escrito: "Ide pelo mundo inteiro, pregai o evangelho a toda criatura" (Mt 28, 19). Aqueles que recebiam a graça da sucessão dos apóstolos era imbuído da guarda do rebanho de Cristo, sobre o qual o Espírito Santo estabeleceu para formar o Corpo de Cristo, isto é, sua Igreja (At 20, 28). Desta forma escolheram e formaram homens idôneos com esta finalidade, aqueles em que a tradição da Santa Igreja diria que são os principais agentes da santidade, os difusores do múnus apostólico [11].
8. Dominados pelo ardor missionário, surgem perguntas que inquietam o nosso coração. Como funciona a sucessão apostólica em um jogo? Os apóstolos e seus sucessores não se fazem presentes no orbe habbiano para haver uma autêntica sucessão. Porém, para nós, o nosso fundador é a figura do primeiro dentre os Apóstolos nesta realidade habbiana, que inspirado pelo Paraclito, como dito acima, é aquele do qual em nossa realidade virtual emana o múnus apostólico. De fato, dele, o primeiro que sentiu em seu coração o desejo desse apostolado, provém para nós esta essência e o caráter de uma comunidade direcionada ao serviço do Senhor. Desta forma, este concílio ratifica que, a sucessão apostólica, como ato que sucede de algo, para ser legítima, deve culminar no Papa Gregório XVII, nosso fundador, e para ser lícita deve-se estar em comunhão com o papa reinante. Este critério deve ser firmemente seguido, já que não há licitude na sucessão sem unidade com a cabeça do Colégio Apostólico; assim, para que consigamos produzir muito fruto é necessário que estejamos ligados a esta videira (Jo 15, 5), que é ligada ao próprio Cristo.
9. A partir disso, a transmissão desta sucessão é simples, o eleito deve ter sido nomeado pelo Papa reinante e sua consagração episcopal deverá ter seguido todas as prescrições litúrgicas e a imposição das mãos, para que seja transmitido o Espírito Paraclito, que o guiará no cumprimento de sua missão de pastorear, ensinar e santificar o povo de Deus. ''Portanto, os Bispos receberão, junto com seus colaboradores, os presbíteros e diáconos, o encargo de guiar às comunidades sob suas responsabilidades, presidindo em nome do Senhor o rebanho de que são pastores como mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado, ministros do governo [12]''. Assim, os bispos deverão ser aqueles que levam o seu rebanho à eterna e única verdade que vem do Cristo. Exercendo esta missão divina de suceder aquele que primeiro pensou em evangelizar através de um apostolado virtual. Segui, portanto, aos Bispos vós todos, como Cristo ao Pai [13]. Ninguém ouse fazer sem o Bispo coisa alguma concernente à Igreja [14].
10. Diante de tal temática, a Igreja, como Mãe e Mestra da Verdade, é chamada também a sanar as dúvidas dos irmãos que se mantêm preocupados referente a validade das suas sagradas ordens. Dessa maneira, este sagrado Concílio ratifica que, a Igreja como instituição iluminada pelo Espírito Santo e sustentada por Seu ânimo, recebe de Cristo, Seu Mestre e Pastor, a capacidade de suprir o que outrora fora dado como duvidoso; portanto, cabendo ao ministro que duvide de seu ministério, optar por uma ordenação sob condição ou prosseguir exercendo seu ministério sem impedimentos canônicos.
CAPÍTULO III
O episcopado como ministério entre o rebanho
11. Os Bispos, completas testemunhas do Cristo bom pastor, Aquele que detém o sacerdócio pleno, se faz presente no meio dos fiéis como figura do Senhor Jesus Cristo, eterno pontífice e sacerdote. Sentado à direita de Deus Pai, não deixa de estar presente ao Corpo dos seus pontífices que, por meio do seu exímio ministério, prega a todas às pessoas a Palavra de Deus, e administra continuamente aos crentes o sacramento da fé [15]. A missão do pastor no meio de seu rebanho é incorporar por celeste graça a ação paternal (1Cor 4, 15) novos membros no seio da igreja e com prudência e sabedoria dirigir e orientar o povo de Deus do Novo Testamento na peregrinação ao redil eterno, a Jerusalém Celeste. A segunda epístola do apóstolo Paulo a Timóteo nos recorda: “Quanto a mim, já fui oferecido em libação" (2Tm 4, 6). O bispo deve oferecer-se em oferenda, não só em sacrifício, mas oferecer-se e banhar-se de sangue por amor [16]. Estes pastores, constituídos para apascentar o rebanho do Senhor, são “ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus” (1Cor 4,1); a eles foi confiado o testemunho do evangelho do Cristo (Rm 15,16; At 20,24) e a administração do Espírito e da justiça em sua glória (2Cor 3, 8-9).
12. Para desempenhar tão elevadas funções, os Apóstolos foram enriquecidos por Cristo com uma efusão especial do Espírito Santo que sobre eles desceu (cf. At 1,8; 2,4; Jo 20, 22-23), e eles mesmos transmitiram este dom do Espírito aos seus colaboradores pela imposição das mãos (cf. 1 Tim 4,14; 2 Tim 1, 6-7), o qual foi transmitido até aos nossos dias através da consagração episcopal [17]. Ensina este sagrado concílio que a consagração episcopal é a plenitude do sacramento da ordem. A consagração episcopal, já nos aponta a Lumen Gentium que além do poder de santificar, confere também os poderes de ensinar e governar, os quais, constituem a missão do episcopado. No entanto, estes poderes, por sua própria natureza, só podem ser exercidos em comunhão hierárquica com a cabeça e os membros do colégio episcopal. Se olharmos para a tradição, principalmente dos ritos, observamos que a graça do Espírito Santo é transmitida pela imposição das mãos e a oração de consagração e o caráter sagrado é impresso. Os pastores no meio do seu povo devem representar o Cristo, mestre, pastor e pontífice.
13. Uma vez impresso este caráter do sacramento da Ordem em nossas almas, não poderá ser invalidado, ao não ser pelas normas que possam ter sido infringidas em sua sagração episcopal, bem como das outras ordenações que precedem ao terceiro grau, onde acima sanamos isto. Assim, a exoneração, como ato de desligamento de alguma função, sendo utilizada para desligar o bispo de suas atribuições como epíscopo, é um ato errôneo da Igreja Habbiana, pois não se pode retirar o caráter de uma ordenação. Considerando isso e outros fatores, como a sucessão provinda de cismas, o costume de exonerar deve ser erradicado dos costumes da Santa Igreja, sendo aceita apenas a demissão do estado clerical, visto que o membro não possui idoneidade para prosseguir exercendo o uso de ordens. Diante disso, ratificamos também que a exoneração de títulos honoríficos prossegue permitida, já que não é uma ordenação, mas sim um reconhecimento, algo móvel e que não concede caráter.
CAPÍTULO IV
O colégio dos bispos e sua união com o Papa
14. O papa, sinal de unidade, deve manter a Igreja firme nos caminhos do Cristo no mundo e sempre atento aos sinais dos tempos [18]. Desta forma, por designação do Senhor, São Pedro e os demais apóstolos formam um colégio apostólico, de igual modo, estão unidos entre si. Assim, agora, o colégio apostólico é formado pelo Romano Pontífice, sucessor de Pedro, e dos Bispos, sucessores dos Apóstolos [19]. Se rememorarmos a história da Igreja, veremos que os bispos de toda a terra se comunicavam entre si e com o Sucessor de São Pedro, bispo de Roma, em unidade, fraternidade e paz. Também nas reuniões dos tantos concílios que ocorreram, o colégio apostólico – com sua cabeça – ponderava e tomava decisões de grande relevância para a vida da Igreja. Assim deve também ser a vivência do Colégio Episcopal com a cabeça visível Igreja, o Santo Padre. Os bispos no habbo devem permanecer sempre em unidade e comunhão com aquele que é sucessor de Gregório XVII, que é uma representação de Pedro na Igreja habbiana, o qual por inspiração e graça do Espírito Santo primeiro pensou neste apostolado. Sendo assim, não se deve existir bispos que não estejam em comunhão com o legítimo sucessor de nosso fundador.
15. O Colégio Apostólico não tem autoridade alguma se não estiver unido ao Romano Pontífice, entendido como cabeça de todo o colégio apostólico e que tem o poder de seu primado sobre todos, quer pastores, quer fiéis. Porém, o colégio apostólico tem o supremo poder sobre a Santa Igreja Universal, que é exercido solenemente em Concílios e sínodos. Ao Colégio dos Doze, Jesus disse: ‘’Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.’’ (Mt 18, 18). É com esta autoridade, recebida diretamente de Jesus, que o Colégio Episcopal se reúne em Concílios e Sínodos para “ligar na terra” o que é para o bem e a salvação dos fiéis [20]. É missão do Papa convocar os Concílios e Sínodos, presidi-los e confirmá-los. O mesmo poder colegial pode ser exercido, com o Papa, pelos Bispos espalhados pelo mundo, contanto que a cabeça do colégio os chame a uma ação colegial ou, pelo menos, aprove ou aceite livremente a ação conjunta dos Bispos dispersos, de forma que haja verdadeiro ato colegial [21].
CAPÍTULO V
O colégio apostólico e sua função de santificar e de guiar os fiéis
16. O Bispo revestido da plenitude do sacramento da ordem, é o administrador da graça do supremo sacerdócio. O pastor é enviado para o meio de suas ovelhas para distribuir as graças e transmitir o amor àqueles que mais precisam e necessitam da palavra do Senhor. Pelo ministério da palavra, comunicam a força de Deus, para salvação dos que creem (Rm 1,16) e, por meio dos sacramentos, cuja distribuição regular e frutuosa ordenam com a sua autoridade, santificam os fiéis [29]. Os epíscopos são aqueles que incentivam o povo a participar com fé e devoção da Santa Missa, bem como todos demais sacramentos da nossa fé, e é aquele que instrui cada fiel no caminho da verdade, mesmo que pelo testemunho dos presbíteros.
17. Os Bispos devem instruir com seu próprio exemplo aqueles que governa, ajudando todos os que estão no pecado e nos maus costumes, tornando-os cada vez mais puros e irrepreensíveis para o dia do Cristo, para serem participantes da boa nova do reino de Deus. Como o Bispo não se salva sozinho, portanto, ele deve auxiliar o povo de Deus a cada dia mais encontrar-se com o Senhor e levar uma vida digna do nome de cristão, e também ele próprio realizar este encontro, para que juntos, pastor e rebanho, consigam a plenitude da vida. O bispo deve ser aquele que anuncia o kerigma – o amor de Deus – àqueles que ainda estão afastados a verdade. O pastor deve ser catequista onde seu povo possa enxergar de fato a plenitude do Cristo; o Cristo que serve; o Cristo que sofre; o Cristo que ensina; o Cristo que educa; o Cristo que cuida. O pastor deve congregar seu povo e sofrer com ele, prestando as assistências necessárias.
CAPÍTULO VI
A fraternidade entre o colégio apostólico
18. O Colégio Apostólico é uno em fragmentos [22]. A união colegial é visivelmente percebida na vida do Bispo em sua Igreja particular e na Igreja Universal. Em Pedro, vê-se claramente a unidade de todos os carismas autênticos da Igreja, esses que devem ser autênticos para toda a comunidade eclesial, o povo de Deus [23]. E cada um dos Bispos é princípio e fundamento visível da unidade nas suas respectivas igrejas, formadas à imagem da Igreja universal, das quais e pelas quais existe a Igreja Católica, una e única. Pelo que, cada um dos Bispos representa a sua igreja e, todos em união com o Papa, no vínculo da paz, do amor e da unidade, a Igreja inteira [24].
19. Desse modo, todos os pastores devem estar em consonância com o magistério da igreja, levando seu povo ao conhecimento da plena verdade, que é Cristo Jesus. Destarte, um bispo que afronta o magistério da Igreja abala seu próprio múnus episcopal, por este motivo, os bispos devem manter-se unidos no respeito e na dinâmica eclesial para o engrandecimento da fé e da missão ministerial [25]. Todos os Bispos devem defender e promover a unidade da fé, devem formar o povo de Deus no amor pelo Corpo Místico de Cristo. O Colégio Apostólico deve sempre trabalhar em união com o Bispo de Roma, promovendo sempre à justiça, à paz e à unidade para todos os fiéis da Santa Madre Igreja.
20. Além de promover à unidade e defender o magistério, o Bispo também deve ser o homem da Palavra, deve cuidar do anúncio do evangelho e continuar aquilo que o próprio Cristo pediu para os Apóstolos de ir e pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16, 15). Devem, por isso, com todas as forças, subministrar às missões, não só operários para a messe, mas também auxílios espirituais e materiais, tanto por si mesmos diretamente como fomentando a generosa cooperação dos fiéis. Finalmente, os Bispos, em universal comunhão de caridade, prestem de boa vontade ajuda fraterna às outras igrejas [26].
21. Citamos aqui vários meios de fraternidade com o povo de Deus e com o Romano Pontífice, no entanto, deve-se observar também a fraternidade entre os bispos, onde todos devem juntos apascentar o rebanho do Senhor, procurando sempre o diálogo e o bom convívio sem perder a liberdade de opinião [27]. Os bispos exerçam entre si a correção fraterna e deixam-se moldar pelos outros. É necessário que cada irmão suporte às diferenças dos outros pois, assim, manteremos a união e nossa fraternidade [28] como Igreja de Cristo. É preciso que os bispos amem a Igreja e na unidade levem todo o povo de Deus à Jerusalém Celeste.
CONCLUSÃO
22. Este sagrado Concílio buscou refletir alguns aspectos do Colégio Apostólico dentro de nossa realidade virtual, donde advém muitas dúvidas de sua natureza. Esta temática, tratada por vários pontífices, ainda deixava abertas lacunas, porém, através da apresentação deste documento aos padres conciliares durante a II sessão conciliar, buscamos relembrar a origem deste Sacro Colégio, que gozando na realidade habbiana da sucessão de nosso venerável fundador, o Papa Gregório XVII, tem o dever de ser pastor e pai do rebanho a ele confiado, e ainda recobrar os valores de um epíscopo dentro de nosso âmbito virtual, que por tantas vezes é tratado como um cargo a ser alcançado ou uma forma de realização pessoal. Pudemos ver, nestas letras, que vai muito além disso, e que é necessário a nossa seriedade perante tamanha missão que nos fora confiado. Neste documento, fora apresentado muitos critérios e esclarecido muitas dúvidas. Este Concílio teve um grande apreço para responder algumas questões relativas a nossa natureza e vocação que provém de Deus. Desse modo, este sagrado colégio apostólico, deve estar envolta do Romano Pontífice, para que seja símbolo da unidade dos apóstolos com o Beatíssimo Pedro, no habbo, o nosso magnânimo Papa Gregório XVII. Que a missão abordada em 2006 e que fora continuada pelos veneráveis irmãos que tinham apreço por esta Igreja, nunca se abale, mas que seja fértil e sinal de continuidade da evangelização habbiana. De tal maneira, que o colégio mantenha seus laços de fraternidade, amor, justiça e cuidado pelo seu rebanho, pois é dele que devemos prestar nossos maiores esforços. Assim, por intercessão da dulcíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, “cuja a vida é para todos ensinamento’’ [30], desenvolver-se-ão cada dia mais e mais, e darão frutos de salvação mais abundantes.
+ Ioannes Paulus, Pp. VII
Pontifex Maximus
+ Raul Gabriel Card. Steiner
+ Carlo Card. Ventresca
+ Vito Alberti Card. Lavezzo
+ Jorge Snaif Médici M. Card. Mancini
+ Daniel Paulo Card. Stramantino
+ Raul Alberti Card. Damasceno
+ João Maria Card. Kekeison
+ Darllan Victor Messias D'Médici
+ Gregório Michels Baldisseri Von Sarto
+ Tomás S. S. A. Von Klapperschlange e Araújo
+ Caio Skol Ventresca Medeiros
+ Wesley Oliveira Ravassi Battaglia
+ Apolônio d'Médici Materazzi
+ Ângelo Roncalli S. L. Battaglia
______________
[1] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 18.
[2] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 18.
[3] Carta Encíclica IN PETRUS, Papa João I, Introdução, nº 2.
[4] Carta Encíclica PASTORIS GREGIS, Papa Pio IV, Proêmio.
[5] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 19.
[6] Por que sou católico?, Professor Felipe Aquino, Somente a Igreja Católica vem dos Apóstolos e de Jesus, p.77.
[7] Carta ao Clero DUCTUS SPIRITUS SANCTI, Dom Marlindo Cardeal Araújo.
[8] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 19.
[9] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 20.
[10] Por que sou católico?, Professor Felipe Aquino, Somente a Igreja Católica vem dos Apóstolos e de Jesus, p.75.
[11] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 20.
[12] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 20.
[13] SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA, Antologia dos Santos Padre, Ed. Paulinas, pág. 44.
[14] SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA, Antologia dos Santos Padre, Ed. Paulinas, pág. 44.
[15] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 21.
[16] Carta Encíclica PASTORIS GREGIS, Papa Pio IV, A missão do Bispo no cuidado de seu rebanho.
[17] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 21.
[18] Carta Encíclica IN PETRUS, Papa João I, Pedro, sinal de unidade, nº 18.
[19] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 22.
[20] Por que sou católico?, Professor Felipe Aquino, Somente a Igreja Católica vem dos Apóstolos e de Jesus, p.77.
[21] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 21.
[22] Carta Encíclica PASTORIS GREGIS, Papa Pio IV, O Bispo na comunhão com seus irmãos no episcopado.
[23] Carta Encíclica EVANGELII GAUDIUM, Papa Francisco.
[24] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 23.
[25] Carta Encíclica PASTORIS GREGIS, Papa Pio IV, O Bispo na comunhão com seus irmãos no episcopado.
[26] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 23.
[27] Carta Encíclica PASTORIS GREGIS, Papa Pio IV, O Bispo na comunhão com seus irmãos no episcopado.
[28] Declaração Conciliar FRATERNITAS, Papa João II, Boa convivência entre os clérigos.
[29] Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM, Papa Paulo VI, Capítulo III, nº 26.
[30] DE VIRGINITATE, Santo Ambrósio, L. 2, c. 2, nº 15.