CARTA ENCÍCLICA
GAUDIUM POPULUM DEI
DO SUMO PONTÍFICE
GREGÓRIO III
AOS BISPOS, PRESBÍTEROS E DIÁCONOS,
E A TODOS OS LEIGOS DA IGREJA DO HABBO.
I. “Todo sumo sacerdote é tirado do meio dos homens e instituído em favor dos homens nas coisas que se referem a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.” São Paulo aos Hebreus.
Queridos Sacerdotes, na ordenação sacerdotal de vocês, certamente afirmaram que se dariam pelo povo de Deus. Hoje mais do que nunca São Paulo os recorda nesta passagem tão antiga e tão nova, a essência do sacerdócio ministerial. Deus os chama para o serviço no meio do povo, para oferecerem os sacramentos em prol de toda a humanidade, para que um dia possam chegar ao céu. E pelas mãos de vocês que Jesus se faz presente no altar novamente, como vítima perfeita, assim como no alto da Cruz. Se dediquem as coisas de Jesus, para que com ele sejam um. (João 17, 11). Se esforcem pela santificação e a salvação de cada fiel, pois eles são as ovelhas que Jesus os confiou.
II. “E, tomando um pão, havendo dado graças, o partiu e o serviu aos discípulos, recomendando: “Isto é o meu corpo oferecido em favor de vós; fazei isto em memória de mim” (I Coríntios 11, 26)
Na Santa Missa acontece o mais sublime milagre. Na consagração ocorre a mudança do Pão e o Vinho ao Corpo e Sangue do Senhor. Vivemos em um mundo em tantas dificuldades, que meus caros, o dia que não tivermos mais a Santa Missa, tenham a certeza que terá chegado o fim. O dia que não tivermos mais sacerdotes para oferecerem Jesus no altar novamente, não teremos mais nada pois tudo estará acabado. Imaginem, queridos, que se com a Santa Missa vivemos tantas aflições e desesperos, quem diria sem. Por isto, sejam perseverantes na celebração dela. Muitos de vocês já devem ter percebido que antes do cordeiro, pedimos que aquele pão não seja causa de condenação, mas sim sustento para nossas vidas: por isto para essa vida tão sofrida, é necessário a cada dia mais e povo sente essa necessidade, de estar inteiramente ligado com Jesus na Eucaristia, pois em união com ele na eucaristia, teremos forças para lutar contra o pecado que mata e fere a alma.
III. “Alguns são eunucos porque nasceram assim; outros foram feitos assim pelos homens; outros ainda se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem puder aceitar isso, aceite". (Mateus 19,12)
O celibato é uma vocação de amor e de entrega total a Deus. Na ausência de uma vida sexual ativa, o celibatário faz-se cheio do amor de Cristo, pois essa também foi a vocação dele. Conosco não poderia ser diferente. Se atuamos em sua pessoa, devemos nos configurar totalmente à ele, vivendo de coração como ele viveu. Além do mais, vocês casam com a Igreja, e como esposos devem zelar por ela. A Igreja que falo são os fiéis de boa vontade, que se reúnem em torno de vocês, para encherem-se das misericórdias de Deus. Por isto, não se seja admito ao sacerdócio, candidatos que não queiram formar Família, pois se não terem um amor de Pai por seus fiéis, e um amor de Esposo à Igreja, não poderão exercer um bom sacerdócio.
IV. “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor. (João 10, 16)”
A conversão sincera é algo importante na vida da Igreja. É a partir da conversão que recebemos católicos que olham pro seu passado e fazem no presente totalmente diferente. Às vezes nos preocupamos muito com aqueles que estão dentro da Igreja e esquecemos que é nosso dever como missionários de Jesus, ajudarmos a converter o máximo de almas possíveis ao reino de Deus. Também por vezes achamos que nosso ofício só deve ser exercido àqueles que se intitulam católicos, mas NÃO! É mais ainda para os não católicos que devemos ofertar as santas missas. Pela conversão deles à verdadeira fé, para a exaltação da Igreja.
VI. A dimensão humana dos presbíteros.
Queridos, já escrevendo as últimas palavras dessa carta, quero chamar a atenção de vocês a um aspecto da vida de Jesus. Ele, antes de ser Deus, foi homem. Chorou, se alegrou, foi traído e teve boa parte das emoções de um homem qualquer. Existe cada vez mais a necessidade de que o sacerdote seja antes de tudo homem. Homem no jeito de falar, no modo ao se portar, com virilidade e o mais importante: amem sem se aproveitar das pessoas. A tentação muita das vezes vem como algo bom. Digo isto porque é nela que nossa fé e nossa conduta são postos a prova e, não achem que por serem padres ou estarem em novos tempos que não serão tentados. Pois o deserto sempre se faz presente nas almas sacerdotais e devemos usar d'ele para nos unirmos mais e mais a Cristo: aí sim iremos com a força do Espírito Santo sermos esculpidos a Cristo, o bom Pastor. E é por esta configuração a Cristo, sumo e eterno sacerdote que confirmo o que disse o venerável São João Paulo II, que a Igreja jamais poderá conferir o sacramento da Ordem as mulheres, uma vez que não se assemelham retamente a Cristo.
VII. O uso do hábito talar.
Aqui mora um grande problema da maioria dos sacerdotes. Não o hábito em si, mas a força que ele tem. Queridos, o hábito talar é essencial para a identificar um sacerdote, como um homem que morreu pro mundo e se oferece inteiramente a Deus. Mas, amados, eu os peço, que se for para usar a batina, e ter atitudes que não condizem com o sacerdócio, não usem. O uso da batina, ou do clergyman, é justamente para identificar-se. Contudo se suas atitudes só mancham a imagem da Igreja, ao menos não a use para as pessoas não pensarem que é Padre. Eu os faço este sincero pedido: HONREM SUAS BATINAS.
VIII. O Carreirismo.
Meus filhos, cito aqui dois problemas que estão diretamente ligados ao carreirismo. O primeiro é que muitos clérigos querem que a Igreja dependam deles. Cristo promete que nunca abandonará seu povo e estará para sempre com eles (Mt 28, 20) Enquanto Cristo estiver conosco, saibamos que ele é a nossa única dependência, e guardem sempre a vocês esta frase: vocês não são insubstituíveis.
A segunda é a sede de cargos que muitos clérigos tem. Imaginemos uma Igreja que só tenha Bispos: como ficarão as paróquias que necessitam da presença presbiteral ? A Sagração Episcopal deve vir mediante as necessidades da Igreja e não por terem medo de padres cismarem. Vocês devem antes de tudo terem amor pela Igreja, pois ela é o Corpo de Cristo (1Co 12, 27) e sustentáculo da verdade (1 Tm 3,15) e se não há amor pela Igreja, não terá amor pelo ministério que almejam.
IX. A necessidade da vida em comunidade.
Como disse no primeiro capítulo dela, comentando sobre a frase de São Paulo, nós somos tirados do meio do povo. E antes de darmos nosso sim definitivo a Deus, nós estamos inseridos laicamente numa comunidade paroquial, a qual um dia cuidaremos. É extremamente importante que cada padre faça uma agenda para uma animação dos paroquianos: com festas, quermesses e sobretudo a Missa. Uma paróquia unida a Cristo por meio da Eucaristia, é uma paróquia cheia do amor de Deus. Atender confissões, celebrar bem os sacramentos e fazer de tudo para a santificação do povo.
Entreguem-se inteiramente a Cristo meus irmãos e consagrem a Maria Santíssima, mãe dos Sacerdotes seus ministérios. Ela que soube ser sinal de obediência à vontade de Deus, é exemplo para que vocês também se abandonem totalmente à mercê dele. Oremos pois então:
"Sob a vossa proteção nos refugiamos, ó Santa Mãe de Deus.
Não desprezeis as súplicas que em nossas necessidades vos dirigimos,
mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó virgem Gloriosa e Bendita."
Maria, mãe da Igreja, rogai por nós!
Dado no Habbo, junto de S. Pedro, no dia 7 de março do ano de 2017, primeiro ano de meu pontificado.
Gregorius Pp. III