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Carta Encíclica "Mane nobiscum, Domine" | Sobre a graça do chamado vocacional


CARTA ENCÍCLICA
MANE NOBISCUM, DOMINE

DO SUMO PONTÍFICE
PAPA PAULO V
AOS IRMÃOS CARDEAIS,
ARCEBISPOS, BISPOS,
AOS PRESBÍTEROS E DIÁCONOS,
AOS HOMENS E MULHERES DE PAZ
DE TODO O ORBE CATÓLICO DO HABBO
SOBRE A GRAÇA DO CHAMADO VOCACIONAL

INTRODUÇÃO 

1. FICA CONOSCO, SENHOR, são palavras fortes e provocantes que ressoam através do tempo, ecoando como um profundo apelo da alma em busca da presença do Redentor. Os discípulos de Emaús, ao proferirem essa máxima, não somente manifestaram o desejo de ter Jesus fisicamente ao seu lado, mas também uma necessidade espiritual essencial: a busca por compreensão, direção e significado em suas vidas.

2. Este episódio, inteiramente vocacional, também representa uma jornada de despertar espiritual para nós, um convite para um diálogo com Deus, uma busca para compreender a sua vontade. À medida que os discípulos conversavam com Jesus, se entediam como vocacionados e compartilhavam o pão, seus olhos se abriram para a Verdade. Da mesma forma, em nossa busca vocacional, o diálogo com Deus e a partilha de nossas experiências espirituais nos iluminam, revelando nossa verdadeira vocação e propósito.

CAPÍTULO I:
O ENCONTRO NO CAMINHO
 (Lucas 24, 13-16)

3. No relato dos discípulos a caminho de Emaús, encontra-se uma narrativa profundamente simbólica que ressoa com as experiências espirituais de muitos ao longo da história. Os discípulos, imersos em preocupações e discussões sobre os eventos recentes em Jerusalém, representam um retrato vívido de como a humanidade muitas vezes trilha seu caminho na vida, alheia à presença de Jesus. 

4. Essa cena evoca a famosa frase do filósofo Blaise Pascal: "Existe um vazio no coração de cada pessoa que só Deus pode preencher" [1]. Eles, apesar de seguirem sua jornada e debaterem fervorosamente, ainda não haviam percebido que o vazio em seus corações só seria verdadeiramente preenchido pela presença e pelo reconhecimento da pessoa de Jesus Cristo.

5. O ato de não reconhecer o Cristo pode ser visto como um reflexo da cegueira espiritual que frequentemente a condição humana vive, revelando-se como um reflexo profundo das limitações inerentes à nossa existência. 

6. Este estado de obscuridade espiritual é uma faceta complexa da natureza, que muitas vezes nos impede de perceber e compreender os aspectos mais profundos e divinos da vida.

7. Ao longo da história, a humanidade experimentou períodos em que essa cegueira espiritual prevaleceu, obscurecendo nossa visão da verdadeira essência da existência e conturbando nossas decisões e nosso caminho vocacional. 

8. A explicação para tal fenômeno pode ser resultado de dogmas rígidos, preconceitos arraigados, ignorância voluntária ou simplesmente da falta de introspecção. Em tais momentos, as pessoas podem se afastar de valores essenciais, como compaixão, empatia, amor e misericórdia, e sucumbir a impulsos egoístas e apegos materiais.

9. Essa cegueira espiritual muitas vezes nos impede de reconhecer a interconexão de todas as formas de vida e a importância de cuidar de nossa 'casa comum' e uns dos outros. Ela nos leva a agir de maneiras que prejudicam a nós mesmos e ao mundo que habitamos, ignorando as consequências de nossas ações.

10. Superar a cegueira espiritual requer um esforço consciente de autoexame e uma busca sincera pela compreensão e pelo crescimento espiritual. Isso envolve questionar nossas crenças arraigadas, desenvolver empatia pelos outros e cultivar uma maior consciência de nossa conexão com Deus. 

11. No entanto, a história dos discípulos de Emaús também traz uma mensagem de esperança. Ela nos mostra que, mesmo quando estamos distraídos e absorvidos por nossas preocupações terrenas, Jesus caminha conosco em nossa jornada. 

12. Embora sua presença possa não ser imediatamente reconhecida, Ele está ali, guiando-nos e iluminando o caminho. Afinal, como ecoam as palavras do autor cristão C.S. Lewis: "Deus sussurra em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas clama em nossa dor: é o megafone divino para acordar um mundo surdo."

13. Aqui, podemos lembrar as palavras de São João da Cruz: "Na tarde da vida, seremos examinados quanto ao amor". Essa jornada dos discípulos de Emaús nos desafia a refletir sobre o amor que damos e recebemos em nossas vidas, incluindo o amor divino que muitas vezes passa despercebido.

14. O chamado vocacional se torna, então, um convite para abrir nossos corações ao amor de Deus e ao chamado para servir aos outros.

15. Assim, o discernimento espiritual se torna um processo essencial. São Tomás de Aquino escreveu: "O discernimento é a melhor parte do valor". Através do discernimento, podemos aprender a perceber a presença de Deus em nossa vida cotidiana, a ouvir sua voz em meio ao tumulto do mundo e a seguir sua vontade com coragem e gratidão. 

16. Essa busca incessante por significado e transcendência é uma característica intrínseca da experiência humana. Assim como os discípulos de Emaús, que caminhavam sem perceber a presença de Jesus, nós frequentemente trilhamos nossos próprios caminhos, distraídos pelas preocupações e afazeres do dia a dia. Fato é que a maioria de nós está suficientemente consciente de Deus para reconhecê-lo quando o encontra, mas insensível o suficiente para não o reconhecer quando o encontra em todos os lugares. [3]

17. O discernimento espiritual, como explorado por Santo Inácio de Loyola em seus Exercícios Espirituais, torna-se um elemento essencial em nossa jornada. É um processo de escuta atenta, de abertura aos movimentos interiores do Espírito Santo. Requer uma pausa na correria do mundo, um espaço para reflexão e oração, uma busca fervorosa pela vontade de Deus.

CAPÍTULO II:
O DIÁLOGO COM O MESTRE
(Lucas 24, 17-27)

18. No contexto da jornada dos discípulos, Jesus se aproxima deles, demonstrando uma presença próxima e acessível. Sua primeira ação é iniciar um diálogo, perguntando sobre o que andavam conversando pelo caminho. Essa abordagem amorosa e receptiva de Jesus é emblemática de sua disposição constante para se envolver conosco em nossa busca espiritual.

19. Ao se comunicar dessa maneira, Jesus revela não apenas sua sabedoria espiritual, mas também sua compaixão; sendo Ele o supremo comunicador [4], deseja se revelar pelo diálogo. Torna-se, assim, um exemplo notável de como uma figura espiritual pode se conectar genuinamente com seus seguidores, ouvindo suas preocupações, questionamentos e pensamentos.

20. Essa abordagem amorosa e receptiva também é um lembrete poderoso de que a espiritualidade não deve ser vista como algo distante ou inacessível. Pelo contrário, é uma jornada em que a presença compassiva e orientadora de uma figura espiritual pode ser um farol de esperança e inspiração.

21. O convite para um diálogo demonstra que a busca espiritual é uma jornada coletiva, na qual aqueles que buscam orientação não estão sozinhos. O diálogo que se segue revela a falta de compreensão dos discípulos em relação às Escrituras, a morte e ao sofrimento do Mestre Jesus. 

22. Isso nos lembra que, mesmo aqueles que estão próximos de Jesus podem encontrar dificuldades em seu entendimento espiritual. Nossa compreensão das Escrituras e da vontade de Deus pode ser limitada, e é por isso que Jesus se coloca como o Mestre divino que pode esclarecer nossos corações e mentes.

23. O teólogo Karl Barth afirmou: "A Palavra de Deus é viva e eficaz. [5]" Nesse sentido, Jesus se torna a Palavra viva que explica e dá vida às Escrituras. Ele percorre as passagens das Escrituras, explicando como elas se relacionam com sua própria missão e o propósito de sua morte e ressurreição. Esse ato de interpretação das Escrituras por Jesus enfatiza a importância da compreensão das Escrituras como uma fonte vital de orientação em nossa jornada vocacional.

24. O diálogo também nos recorda da famosa frase de Santo Agostinho: "A fé busca entender" [6]. Jesus não apenas fornece respostas, mas também convida os discípulos a uma busca mais profunda, a uma compreensão mais ampla das verdades espirituais. Ele os desafia a ver além das aparências e a conectar os pontos entre as promessas das Escrituras e os eventos que estão se desenrolando diante deles.

25. Portanto, a compreensão das Escrituras e o discernimento espiritual são componentes essenciais de nosso chamado vocacional. Devemos estar dispostos a dialogar com Jesus em nossa jornada, a buscar uma compreensão mais profunda das verdades espirituais e a permitir que Ele ilumine nossos corações para compreendermos o propósito divino em nossas vidas. A interpretação das Escrituras à luz da presença de Cristo nos guia na busca de nosso chamado e nos fortalece na resposta ao convite divino que nos é dirigido.

CAPÍTULO III:
A REVELAÇÃO NA PARTILHA
 (Lucas 24, 28-32)

26. Ao convidar Jesus a permanecer com eles durante a estadia em Emaús, os discípulos demonstram as virtudes da hospitalidade e da abertura. Esse gesto hospitaleiro reflete a generosidade de espírito dos discípulos, que, mesmo antes de reconhecerem a identidade de seu companheiro de jornada, oferecem-lhe um lugar à mesa e um espaço em suas vidas. 

27. A hospitalidade é uma virtude valorizada nas tradições religiosas e culturas ao redor do mundo, sendo um ato de acolhimento que pode criar oportunidades para encontros significativos, tal qual foi o encontro dos discípulos com o Mestre.

28. O gesto de partir o pão durante a refeição é fortemente associado à Eucaristia na tradição cristã. A Eucaristia é o sacramento central da fé, sendo a presença real de Jesus Cristo no pão e no vinho consagrados. 

29. A ação de partir o pão evoca a instituição do sacramento do amor por Jesus, onde Ele compartilhou o pão com seus discípulos, dizendo: "Isto é o meu corpo." Portanto, a partilha do pão é um momento de comunhão com Cristo.

30. Quando seus olhos se abrem, e eles finalmente percebem que estão na presença de Jesus. Essa revelação vai além do reconhecimento físico; é uma iluminação espiritual que os faz compreender quem está diante deles. Isso nos lembra da importância da iluminação espiritual em nossa busca pelo entendimento de nossa vocação e propósito na vida.

31. A experiência de ter os olhos abertos e finalmente perceber que se está na presença de Jesus é um momento transcendental na jornada espiritual de cada vocacionado. Essa revelação vai além do simples reconhecimento físico; é uma iluminação espiritual profunda que não apenas nos faz reconhecer quem está diante de nós, mas também nos leva a compreender o significado e a profundidade dessa presença divina.

32. Essa iluminação espiritual pode ser comparada a um despertar da alma, onde a verdade espiritual é revelada de maneira clara e impactante. É um momento em que se torna evidente que estamos diante do divino, que a presença de Jesus transcende o espaço e o tempo, e que sua sabedoria e amor são infinitos. 

33. Esse encontro espiritual é frequentemente descrito como um momento de graça, no qual a pessoa é inundada por uma profunda sensação de paz, alegria e entendimento.

34. A importância da busca pelo entendimento de nossa vocação e propósito na vida não pode ser subestimada. É nesses momentos de revelação espiritual que muitos encontram clareza sobre o caminho que devem seguir e o propósito que desejam cumprir. 

35. Portanto, cada vocacionado de modo individual é o objeto da vocação somente ele [o vocacionado] deve responder ao chamado que brota do seu íntimo.

36. Nesse sentido, a vocação de todo ser humano é como uma joia única e preciosa, e a busca por se realizar vocacionalmente é o ato de polir essa joia para revelar sua beleza. 

37. A partilha do pão é um dos atos mais belos no que tange o "polir" da joia. Não é apenas um ato simbólico, mas um ato de amor-comunhão. Pão sem partilha não produz os frutos necessários da vocação. 

38. Repartir o desejo, partilhar a vocação, representa a união com Cristo e com aqueles com quem compartilhamos a refeição. Isso nos lembra da importância da comunhão com Deus e com nossos semelhantes em nossa jornada vocacional.

CAPÍTULO IV:
CORAÇÕES ARDENTES
(Lucas 24, 32)

39. Profundamente, o conceito do "coração ardente", evoca não apenas um despertar espiritual, mas se reflete como o chamado vocacional respondido que tem suas raízes em um profundo desejo interior de seguir a Cristo.

40. Lewis, em sua obra "Cristianismo Puro e Simples", escreveu sobre a busca espiritual inerente à humanidade: "Se eu encontro em mim um desejo que nenhuma experiência neste mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que eu fui feito para outro mundo [7]." Essa busca interior, muitas vezes acompanhada por um sentimento de insatisfação, é precisamente o "coração ardente" que os discípulos experimentaram ao caminhar com Jesus.

41. A busca espiritual é uma característica humana. Muitos de nós experimentamos momentos de insatisfação, um sentimento de vazio ou inquietude, mesmo quando alcançamos conquistas materiais, sucesso profissional ou prazeres mundanos. 

42. Essa sensação de que algo está faltando, que há um espaço em nossas vidas que não pode ser preenchido por realizações temporais, é o "coração ardente", a falta do sentido vocacional.

43. No contexto da narrativa dos discípulos a caminho de Emaús, esse "coração ardente" se manifesta como uma busca profunda e insaciável. Enquanto caminhavam com Jesus, eles sentiam seus corações queimarem dentro deles. Esse sentimento não era apenas um calor físico, mas uma chama interior que representava que, naquele momento, suas dúvidas foram sanadas, que estavam realizados.

44. É importante notar que essa busca espiritual não é exclusiva de cristãos, mas é uma experiência compartilhada por pessoas de diversas tradições religiosas e culturas ao redor do mundo. Filósofos, místicos e líderes espirituais de várias tradições têm abordado essa busca incessante por significado e propósito na vida.

45. O teólogo e filósofo Søren Kierkegaard explorou a ideia do chamado vocacional em sua obra "O Desespero Humano". Ele argumentou que, para descobrir nosso propósito na vida, devemos primeiro reconhecer nosso desespero existencial e nossa necessidade de Deus [8]. 

46. O "coração ardente" dos discípulos reflete essa busca profunda, pois muitas vezes é em nossos momentos de desespero espiritual que começamos a sentir o chamado divino. É uma imagem poderosa que nos lembra que, mesmo nos momentos de maior desespero espiritual, podemos encontrar um chamado divino que nos conduz em nossa busca por realização vocacional e propósito na vida. 

47. É uma recordação de que a luz espiritual muitas vezes brilha mais intensamente nas horas mais sombrias de nossa jornada.

CAPÍTULO V:
DAR TESTEMUNHO, SER ENVIADO
(Lucas 24, 33-35)

48. Após o encontro transformador com Jesus na estrada de Emaús e a partilha do pão, os discípulos sentem uma profunda necessidade de compartilhar essa experiência com os outros discípulos de Jesus em Jerusalém. 

49. Eles retornam à comunidade cristã, repletos de excitação e convicção, para relatar o que vivenciaram. Essa partilha do encontro com Jesus e o reconhecimento no partir do pão não apenas fortalece a comunidade, mas também confirma a ressurreição de Jesus Cristo.

50. O teólogo contemporâneo Dietrich Bonhoeffer também discutiu o papel fundamental do compartilhamento de experiências espirituais na vida da comunidade cristã. Ele destacou que, ao ouvirmos os testemunhos de outros irmãos sobre como Deus trabalhou em suas vidas, somos encorajados e inspirados em nossa própria jornada de fé. Bonhoeffer enfatizou que o testemunho cristão é uma expressão de amor e serviço mútuos na comunidade. [9]

51. Essa narrativa ressalta uma verdade essencial sobre a vida cristã e a busca vocacional. A fé cristã não é apenas uma jornada individual e pessoal; ela é profundamente enraizada na vida comunitária e na partilha de experiências espirituais. 

52. Os discípulos de Emaús reconheceram que sua experiência não deveria ser guardada apenas para si mesmos, mas compartilhada com a comunidade, fortalecendo assim a fé de todos.

53. Nos dias de hoje, a importância do compartilhamento vocacional e espiritual continua a ser relevante. Isso não se limita apenas àqueles que sentem um chamado para o ministério religioso, mas a todos os cristãos que buscam viver de acordo com os ensinamentos de Jesus. 

54. Ao compartilhar nossas experiências espirituais, estamos fortalecendo a fé uns dos outros, construindo comunidades vibrantes e, ao mesmo tempo, espalhando a mensagem de esperança e redenção. 

CONCLUSÃO:

55. O episódio dos discípulos de Emaús e seu clamor, "Fica conosco, Senhor", oferece uma intensa interpretação sobre a busca vocacional e a nossa jornada espiritual. 

56. Nossa busca por propósito e significado é uma jornada universal, e o chamado vocacional transcende barreiras religiosas. É o anseio inato por compreendermos nosso papel no mundo, nossos dons e como podemos contribuir para o bem comum. 

57. Emaús nos ensina que, ao buscar orientação divina e ao dialogar com os outros podemos encontrar clareza em nossos propósitos.

58. Do mesmo modo, essa narrativa nos lembra que a jornada espiritual não é linear. Assim como os discípulos estavam inicialmente cegos para a presença de Jesus, podemos passar por períodos de obscuridade espiritual, portanto é necessário que possamos sempre pedir as luzes do Santo Espírito para que derrame sobre cada um de nós os seus dons. 

59. Por isso, recomendo que sempre que possível nossa Igreja possa se unir em oração e em comunidade para rezar:

60. 
ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
Papa Paulo V

Senhor da Messe, Esperança de Israel; 
Neste momento, erguemos nossos corações em oração diante de Ti, 
buscando tua orientação e tua luz divina. Reconhecemos que o mundo 
muitas vezes se apresenta como um lugar de incerteza e escuridão, 
onde muitos corações jovens estão atribulados, perdidos em caminhos 
obscuros, sem compreenderem plenamente sua vocação e propósito. 
Dignai-vos lançar sobre nós o teu olhar propício sobre tua Santa Igreja. 
Vede e visitai esta vinha; inundai de águas fecundas todos os seus sulcos; 
multiplicai seus rebentos e tornai-a perfeita.

Tocai os corações dos jovens do Habbo Hotel e de todos os lugares, 
despertando neles a consciência de sua vocação única e especial, 
pois a seara é verdadeiramente abundante, mas os operários são 
poucos. Dá-lhes a coragem de olhar para dentro de si mesmos, 
para encontrar os dons e talentos que Tu lhes deste e que possam 
ouvir tua suave voz chamando-os para servir, amar e fazer a diferença 
neste mundo.

Que tua luz divina brilhe intensamente em nossos corações, 
dissipando todas as dúvidas e medos para que possamos 
continuar sendo neste mundo sinais do reino da história. 
Assim seja, amém. 

Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia onze de outubro de 2023, primeiro ano do meu Pontificado. 
 

PAULUS, Pp. V
PONTIFEX MAXIMUS 

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REFERÊNCIAS
[1] PASCAL, Blaise. Pensées. Édition établie par Henri Gouhier. Paris: Gallimard, 1976.
[2] LEWIS, C.S. O Problema do Sofrimento. Tradução de Álvaro Oppermann. São Paulo: Vida Nova, 2015.
[3] MERTON, Thomas. New Seeds of Contemplation. Kentucky: Editora New Directions Paperbook, 1949.
[4] DAMASCENO, Raul Alberti. Documento Sinodal - Comissão para Comunicação Social. 2020. Roma: Biblioteca Vaticana do Habbo.
[5] BARTH, Karl. Carta aos Romanos. São Leopoldo: Sinodal; São Paulo: Imprensa Luterana, 1984.
[6] AGOSTINHO, Santo. A Cidade de Deus. Tradução de Oscar Paes Leme. São Paulo: Paulus, 1999.
[7] LEWIS, C.S. Cristianismo Puro e Simples. Tradução de Álvaro Oppermann. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
[8] Cf. KIERKEGAARD, Søren. O Desespero Humano. São Paulo: Unesp, 2010.
[9] Cf.  BONHOEFFER, Dietrich. Vida em Comunhão. Tradução de Albrecht H. Streck. São Leopoldo: Sinodal, 1995.