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Carta Encíclica - Sacerdos in aeternum


CARTA ENCÍCLICA
SACERDOS IN AETERUM

DE SUA SANTIDADE
PAPA AUGUSTO
AOS BISPOS
AOS PRESBÍTEROS E DIÁCONOS
ÀS PESSOAS CONSAGRADAS
E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS

Sobre o exercício do Múnus Sacerdotal

Cristo, no exercício de seu ministério, como Pastor Supremo do Corpo Eclesial, fundou o sacerdócio e ainda hoje institui homens para exercerem este ofício, como instituiu naquela Ceia derradeira. Com isso, Jesus quer manter vivo os sacramentos até sua vinda vindoura no fim dos séculos, para a salvação das nossas almas e a difusão já hoje, do reino de Deus. Na última ceia, Cristo ao instituir o sacerdócio, eleva este ministério a plenitude, não mais como a tribo de Levi ou os que Deus levantou no antigo testamento, mas si coloca como o Sacerdócio por excelência, altar e vítima. 

Rezemos pelos Sacerdotes para que em Cristo, sumo e eterno sacerdote, encontrem a força para exercer o seu ministério e entreguem todos os seus trabalhos nas mãos da Virgem Maria, pois ao sermos seus filhos prediletos, será nossa intercessora no caminho rumo ao Pai.

O MODELO DE SACERDOTE

Se queremos ser perfeitos sacerdotes, devemos olhar para a Sagrada Cruz de Cristo. Lá temos o perfeito exemplo e o sacerdócio por excelência. Lá nos dispomos do altar, lá também nos dispomos da vítima e do sacerdote, onde o próprio Cristo se oferece em remissão de nossos pecados. Se queremos ser como Cristo, devemos colocar 3 premissas para nosso ministério sacerdotal: ser vítima, ou seja, aquele que se oferece pelo outro, ser sacerdote ou seja, oferecer a vítima no altar. Oferecer-se a si próprio. Amor perfeito e entrega ilibada a Deus e aos irmãos. 

Cristo em toda sua vida viveu uma missão de entrega, não somente a vontade de Deus, mas também na Cruz ao derramar até a última gota de sangue por nós. Devemos deixar acender em nós, a rica chama do amor de Cristo e permitir que o Espírito Santo vá nos moldando neste caminho de cruz, assim como fez com tantos bons padres.

O SACERDÓCIO NA IGREJA PRIMITIVA

Ao olharmos para a Igreja Primitiva, vemos a força e o empenho que os sacerdotes exerciam seus ofícios. Eles eram impulsionados pela força do Espírito Santo e tinham como principal meta, não serem meramente lideres sociais ou formadores de militâncias, mesmo que tinham total condições para isso, mas queriam ser santos, e exercendo suas funções fazer com que suas ovelhas, seu rebanho, fossem elevados a santidade.  Os fiéis por exemplo, viam nos Apóstolos, homens santos, um verdadeiro meio de encontrar a Deus, e por meio das memórias que eles tinham de Jesus, as pessoas viam neles o melhor caminho para viver como o Cristo viveu e um dia estarem com ele na glória do céu.

Naquele primeiro momento, onde Jesus comunica a boa nova do Pai ao povo, quis ele não por nossos méritos mas sua bondade, levantar entra aquele mesmo povo, homens justos, que fossem outro Cristo para o outro, imagem viva do Ressuscitado. Os que não querem seguir essa premissa, os que não querem seguir esse mandato, não devem ser admitidos como sacerdotes e tão pouco como cristãos; pois apesar disso pertencer ao sacerdócio ministerial é também prerrogativa fundamental do sacerdócio comum dos leigos, dados no santo batismo.

O SACERDÓCIO HOJE E SEUS DESAFIOS

Estamos mais ou menos 20 séculos de distância da Igreja Primitiva para cá e vemos quantas graças Deus depositou nos seus eleitos. Conseguimos manter viva a chama do sacerdócio, e comunicar como Cristo, o reino de Deus e o tesoura que nos aguarda após nossa santa morte. Entretanto, vivemos em mundo cada vez mais moderno, onde não encaixa na cabeça das pessoas o perfil, o trabalho e a mentalidade do sacerdócio. Somos caluniados meramente por seguirmos o que Cristo viveu: o celibato, a vida casta, o abandono na vontade de Deus e a doação para o próximo. 

Entretanto, às vezes é necessário que façamos um mea culpa, e até se justifica certos posicionamentos negativos que as pessoas possuem sobre nós. Muitos dos nossos não seguem e não vivem o que Cristo seguiu e viveu. São meramente funcionários, celebradores de missas e promotores de escândalos. Quem nos dera ser caluniados somente e tão somente por viver como Cristo. Hoje, apontam em nossa cara muitos de nossos erros: e muitas das vezes com razão.

Apesar da infinitude de erros, longes de toda e qualquer promoção midiática, vemos ainda hoje sacerdotes que na simplicidade do exercício de suas funções, são verdadeiras testemunhas do reino, promotores da Fé e a da boa nova, exímios pastores e dignos ministros. Esses seguem fielmente o modelo de sacerdócio, que apesar de às vezes pegar o pão molhado, humilha-se e lava os pés do outro. Sei que somos pecadores, mas olhemos os prodígios que Jesus faz em nossas vidas sacerdotais e a confiança que ele põe em nós e usemos isso para nossa conversão.

CONCLUSÃO

Exorto queridos filhos, que entreguem-se totalmente nas mãos de Deus, nosso Pai. Mas não se esqueçam que temos no sol uma intercessora e uma mãe, que nos trata como filhos prediletos. Ela está atenta para nossas necessidades e assim como fez nas Bodas de Caná, recorre a seu filho quando vê que falta algo.

Auxilium Christianorum, ora pro nobis!

Dado e Passado em Roma, na Festa de Santa Catarina de Sena, vigésimo nono dia do mês de abril do Ano do Querigmático de dois mil e dezenove, primeiro de Nosso pontificado.

+ Augustus Pp 
Servus Servorum Dei